Bolsas da Europa fecham em queda com apetite por risco limitado por eleição dos EUA

30/out 14:10
Por Matheus Prado*, especial para o Broadcast / Estadão

As bolsas da Europa fecharam em queda nesta quarta-feira, 30, conforme os juros dos títulos soberanos da zona do euro sobem e investidores reforçam sentimento de aversão a riscos antes da eleição nos Estados Unidos. Investidores também analisaram dados macroeconômicos, balanços corporativos e a entrega do orçamento pelo governo do Reino Unido.

O FTSE 100, de Londres, caiu 0,73%, aos 8.159,63 pontos, patamar mais baixo desde agosto. O CAC 40, de Paris, cedeu 1,10% e alcançou seu menor nível desde setembro, encerrando em 7.428,36 pontos. O DAX, referência em Frankfurt, teve perdas de 1,09%, a 19.266,73 pontos. As cotações são preliminares.

A proximidade das eleições americanas, com crescente probabilidade de que Donald Trump saia vitorioso, seguiu tirando ímpeto comprador das bolsas europeias. Hoje, o republicano disse que os países da Europa vão pagar um preço alto (em tarifas) por não comprarem produtos americanos.

Participantes do mercado analisaram ainda dados de atividade e inflação da região. E o Orçamento proposto pelo governo do Reino Unido para o ano que vem, com aumento de 40 bilhões de libras em impostos e incentivos setoriais, além de emissão adicional de títulos. Ações de empresas prestadoras de serviços públicos, bancos, construção civil e bares avançaram.

No noticiário corporativo, Campari recuou 18,5% após resultados abaixo das estimativas no terceiro trimestre. E UBS cedeu 4,36%, mesmo com números acima do consenso do mercado, ao divulgar projeções conservadoras para o resto do ano.

Em outras bolsas, o Ibex 35, de Madri, caiu 0,68%, para os 11.715,00 pontos. A seguradora Mafre cedeu 2,23%, maior queda porcentual, em meio a estragos e mortes provocados por chuvas torrenciais na Espanha. O FTSE MIB, de Milão, fechou em queda de 1,21%, a 34.502,70 pontos. Já o PSI 20, de Lisboa, recuou 0,73%, aos 6.391,60 pontos, no seu patamar mais baixo desde abril. As cotações são preliminares.

*Com informações da Dow Jones Newswires

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