Bolsas da Europa fecham mistas após ata do BCE; Londres sobe ajudada por mineradoras

04/abr 13:23
Por Patricia Lara, especial para a AE* / Estadão

As bolsas europeias fecharam em alta ou com quedas contidas nesta quinta-feira, 4, após a ata do último encontro do Banco Central Europeu (BCE), divulgada no período da manhã, mostrar que dirigentes apontaram que a justificativa para cortar juros está se fortalecendo, ampliando o otimismo dos investidores com um alívio em junho. Os dados divulgados nesta quinta na zona do euro mostraram melhora da atividade e queda mais pronunciada do que a esperada da inflação ao produtor no comparativo mensal, em um desdobramento que favorece corte da taxa de juros nos próximos meses.

O mercado de Londres foi destaque no campo positivo, sob efeito do impulso das mineradoras e do setor financeiro. As ações da Volvo subiram com resultado que mostrou vendas recorde.

Em Frankfurt, o DAX subiu 0,19%, aos 18.402,43 pontos, com o índice referencial alemão tentando se reaproximar do recorde de fechamento – 18.504,51 pontos – marcado na quinta-feira, dia 28 de março. O FTSE 100, referencial da Bolsa de Londres, avançou 0,48%, para 7.975,89 pontos. O CAC-40, de Paris, teve variação negativa de 0,02%, aos 8.151,55 pontos. As cotações são preliminares.

A ata do encontro do BCE revelou que está se fortalecendo o quadro para corte de juros, mas os membros do BC reforçaram que seria “sábio aguardar mais dados e evidências”.

Os dados divulgados nesta quinta na zona do euro mostraram melhora da atividade e queda mais pronunciada do que a esperada da inflação ao produtor no comparativo mensal, em um desdobramento que favorece corte da taxa de juros nos próximos meses.

O índice composto dos gerentes de compra(PMI, na sigla em inglês), medido pela S&P Global da zona do euro subiu para 50,3 em março, mais do que inicialmente estimado, ultrapassando a barreira de 50 que indica expansão pela primeira vez desde maio de 2023.

Na Alemanha, os PMIs composto e de serviços do mês passado foram revisados para cima. Já os do Reino Unido sofreram revisão para baixo. Ainda na zona do euro, o índice de preços ao produtor (PPI) caiu 1% em fevereiro ante janeiro, ante a expectativa de recuo de 0,7% em base mensal.

Refletindo o ímpeto das matérias-primas industriais, a Antofagasta subiu 4% e a Anglo American, 3,32%, em Londres. O cobre renovou a máxima em cerca de 1 ano e outros metais básicos subiram, em meio ao contínuo otimismo com a demanda.

Em Paris, a Kering fechou em alta de 0,93%. O grupo de bens de luxo detentor da marca Gucci anunciou a compra de um prédio icônico na via Monte Napoleone, em Milão, por 1,3 bilhão de euros. O imóvel foi vendido pela Blackstone Property Partners Europe.

As ações da Volvo Car ganharam 2,06% após a empresa sueca informar, nesta quinta-feira, que vendeu um número recorde de carros em um único mês em março, com as vendas aumentando 25% no ano.

A montadora – de propriedade majoritária do grupo chinês Zhejiang Geely Holding – vendeu 78.970 carros em março, acima dos 63.132 no mesmo mês do ano passado, à medida que as vendas foram impulsionadas por seu novo SUV EX30 totalmente elétrico e um forte desempenho na Europa.

Nos demais mercados, o FTSE Mib, de Milão, cedeu 0,08%, aos 34.454,58 pontos. O PSI 20, de Lisboa,ganhou 0,09%, aos 6.309,65 pontos. O Ibex-35, de Madri, avançou 0,58%, aos 11.096,30 pontos.

*Com informações da Dow Jones Newswires

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