Bolsas de NY fecham em alta, com agenda esvaziada e destaque para noticiário corporativo

26/jun 17:18
Por Matheus Andrade, especial para a AE / Estadão

As bolsas de Nova York fecharam em alta nesta quarta-feira, 26, em um sessão com poucos indicadores e aparições públicas de dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano). Neste cenário, as atenções se voltaram para um dia agitado para o noticiário corporativo, com atenção a resultados e uma série de movimentações de companhias.

No fechamento, o índice Dow Jones teve alta de 0,04%, aos 39.127,80 pontos; o S&P 500 subiu 0,16%, aos 5.477,90 pontos; e o Nasdaq teve ganhos de 0,49%, aos 17.805,16 pontos.

Para o BMO, os movimentos indicam que os investidores preferem consolidar posições em dia de agenda modesta, enquanto esperam pelos dados da inflação PCE na sexta-feira. No front macro, houve apenas a divulgação de vendas de moradias novas nos EUA, que caíram 11,3% em maio, na comparação mensal, mas sofreram revisão para cima nos números de abril.

Faltam apenas algumas semanas para os balanços do segundo trimestre. De acordo com a FactSet, os analistas esperam um crescimento dos lucros do S&P 500 de 8,8%, ligeiramente abaixo dos 9,0% no início do trimestre, mas ainda o melhor desde os 9,4% vistos no primeiro trimestre de 2022. O guidance do segundo trimestre fornecida durante a temporada de resultados do primeiro trimestre ofereceu algumas conclusões combinadas.

O número de empresas (67) que emitiram orientações negativas de lucro por ação para o segundo trimestre ficou acima das médias de cinco (58) e 10 anos (62). No entanto, o número de empresas (44) que emitiram orientações positivas ficou acima das médias de cinco (40) e dez anos (37).

A gigante de entrega de encomendas FedEx saltou 15,53% hoje, após agradar com balanço e projeções. A Rivian disparou 23,24%, após a alemã Volkswagen anunciar investimento de US$ 5 bilhões em uma joint venture que permitirá o uso da tecnologia americana para produção de VEs. O movimento respingou nas concorrentes Lucid (+4,00%) e Tesla (+4,81%).

Já a Apple subiu 2,00% e, em nota, o Bank of America (BofA) destaca que a implementação de inteligência artificial (IA) devem impulsionar o crescimento e margens de lucro da produtora do iPhone. Fontes revelaram à Reuters que a empresa de engenharia alemã Bosch fez uma oferta para adquirir a fabricante norte-americana de eletrodomésticos Whirpool (+17,10%), dona da Brastemp e Consul no Brasil.

Na ponta negativa, o setor bancário caiu praticamente em bloco, em compasso de espera por resultados do teste de estresse do Fed, a ser divulgado após o fechamento dos mercados. Bank of America (-0,96%), Citi (-0,54%) e Morgan Stanley (-0,93%) recuaram. As ações da Moderna caíram 11,01%, depois que a empresa anunciou que sua vacina contra o Vírus Sincicial Respiratório (RSV, na sigla em inglês) recém-aprovada era apenas cerca de 50% eficaz após 18 meses – empalidecendo em comparação com os rivais da Pfizer (-2,04%) e GSK (-3,57%).

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