Bolsas de NY fecham em alta, impulsionadas por alívio com geopolítica e de olho em balanços

22/abr 17:31
Por Matheus Andrade, especial para a AE / Estadão

As bolsas de Nova York fecharam em alta nesta segunda-feira, 22, em sessão na qual ativos de risco foram impulsionados com o alívio nas tensões geopolíticas envolvendo Irã e Israel, após a ausência de novas escaladas durante o final de semana. Desta forma, a temporada de balanços tomou as atenções, com especialistas buscando sinalizações do que podem ser os próximos passos para os resultados das empresas.

O índice Dow Jones subiu 0,67%, aos 38.239,98 pontos; o S&P 500 subiu 0,87%, aos 5.010,60 pontos; e o Nasdaq avançou 1,11%, aos 15.451,31 pontos.

Entre os balanços, a Verizon teve lucro líquido consolidado de US$ 4,7 bilhões no primeiro trimestre de 2024, abaixo dos US$ 5 bilhões registrados em igual período do ano passado. Os papéis da empresa recuaram 4,67% nesta segunda-feira.

Já os resultados corporativos de bancos e instituições financeiras no primeiro trimestre de 2024 “encorajam um otimismo cauteloso” sobre melhora sustentada na renda obtida com taxas não provenientes de juros e estabilização da performance bancária, avalia a Fitch.

No entanto, a agência alerta que os bancos continuarão pressionados pelo crescimento nos custos de depósito, estresses no setor imobiliário comercial, desaceleração dos empréstimos e ambiente regulatório incerto.

Estrategistas de ações do UBS rebaixaram de “overweight” (com posição acima da média do mercado) para “neutra” a recomendação dos papéis de seis big techs americanas, também integrantes das “Sete Magníficas”. São elas: Apple, Amazon, Alphabet, Meta, Microsoft e Nvidia.

Outras empresas de tecnologia norte-americanas seguem com recomendação “overweight”, avaliam os analistas. Nesta semana, quatro empresas das “Sete Magníficas” – Tesla, Meta, Microsoft e Alphabet – divulgarão seus resultados corporativos. A Tesla caiu 3,40% neste pregão após anunciar cortes de preços em veículos elétricos nos EUA, na Europa e na China.

“A questão agora é se a recessão nas ações será apenas um período de consolidação após a recuperação implacável desde novembro passado, ou se irá marcar o estouro do que nos pareceu o início de uma bolha inflando nas costas do entusiasmo sobre inteligência artificial”, avalia a Capital Economics. “Suspeitamos que será a primeira opção, e prevemos que as ações vão se recuperar fortemente no próximo ano ou depois. O resultado é que mantemos a nossa previsão que o S&P 500 se recuperará, atingindo 5.500 pontos no final de 2024 e 6.500 no final de 2025”, projeta.

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