Bolsas de NY fecham perto da estabilidade, observando perspectivas para Fed e balanços
As bolsas de Nova York fecharam perto da estabilidade nesta terça-feira, em uma sessão na qual indicativos para a política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) foram observados com atenção. Os comentários do presidente do Fed de Minneapolis, Neel Kashkari, ganharam destaque, com o dirigente apontando para pontos de persistência na inflação. Além disso, balanços e notícias corporativas também foram observados.
O Dow Jones fechou em alta de 0,08%, em 38.884,26 pontos, o S&P 500 subiu 0,13%, a 5.187,70 pontos, e o Nasdaq recuou 0,10%, a 16.332,56 pontos.
Kashkari disse que elevou “modestamente” sua perspectiva sobre a taxa neutra de juros nos EUA, de 2,0% a 2,5%, em suas mais recentes projeções no Fed.
O dirigente foi mais uma voz no BC americano a notar a falta de progresso recente na inflação, que tem andado de lado nos primeiros meses deste ano, e argumentou que uma precificação incorreta no mercado sobre o nível dos juros neutros poderia explicar o motivo de a atividade seguir resiliente, mesmo diante do aperto monetário já adotado.
Por sua vez, o ANZ mantém a visão de que os salários estão caindo, a política de taxas de juro é restritiva e que a inflação no setor dos serviços renovará a sua moderação em direção à meta nos próximos meses. “Isso permitirá ao Fed manter a sua tendência para a flexibilização, ainda que a um ritmo mais lento do que o esperado no início deste ano”, avalia.
Entre as empresas, as ações da Qualcomm (-0,93%) e da Intel (-0,94%) recuaram, em meio à repercussão da notícia do Financial Times de que o governo americano revogou os direitos das duas companhias para fornecer chips à chinesa Huawei. Já o papel da International Paper subiu 5,20%, após reportagem da Reuters revelar que a empresa brasileira Suzano fez uma oferta de aquisição totalmente em dinheiro no valor de US$ 15 bilhões.
Entre os balanços, a Walt Disney teve lucro ajustado por ação de US$ 1,21 no segundo trimestre fiscal, ante US$ 0,93 em igual período de um ano antes e bem acima da projeção de analistas consultados pela FactSet, de US$ 1,10. Já a receita da Disney teve expansão anual de 1% no trimestre, a US$ 22,08 bilhões, mas ficou levemente abaixo do consenso da Factset, de US$ 22,12 bilhões. Neste cenário, a ação da empresa recuou 9,51%.