Bolsas de NY: Nasdaq e S&P 500 fecham em baixa, com rotação de techs para small caps após CPI

11/jul 17:33
Por André Marinho / Estadão

Os três principais índices de Nova York fecharam sem direção única hoje, diante da rotação de ações de gigantes de tecnologia em direção a setores como o financeiro e o industrial. O movimento penalizou principalmente o Nasdaq, que caiu quase 2%, apesar da desaceleração da inflação ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) nos EUA.

O índice Dow Jones encerrou a sessão em alta de 0,08%, a 39.753,75 pontos. Por outro lado, S&P 500 cedeu 0,88%, a 5.584,54 pontos; e o Nasdaq perdeu 1,95%, a 18.283,41 pontos. Esses dois últimos corrigem parte da escalada recente, após terem renovado recorde em várias dos pregões anteriores.

O índice Russell 2000, que reúne os papéis “small caps” em Wall Street, subia quase 4% no final do dia, de acordo com o Yahoo Finance! . Investidores se desfizeram de ações dos setores de tecnologia, comunicações e consumo, em uma rotação que beneficiou principalmente as empresas de menor capitalização.

Em destaque negativo, Nvidia recuou 5,57%, Apple perdeu 2,32% e Meta cedeu 4,11%. Tesla desabou 8,44%, após reportagem da Bloomberg revelar que a empresa deve adiar para outubro o lançamento do Robotaxi. Já o papel do Citi se contrapôs ao tom positivo do setor bancário e perdeu 1,90%, depois que o banco foi alvo de multa de reguladores dos EUA.

Delta caiu 3,99%, na esteira de balanço que apontou lucro aquém do esperado. Na esteira, American Airlines cedeu 3,77% e United Airlines baixou 3,20%. PepsiCo subiu 0,22%, também após resultados.

Neste ambiente, os mercados acionários tiveram dificuldade para se beneficiar do alívio nos juros dos Treasuries, após o dado de inflação. O CPI teve inesperada queda de 0,1% em junho ante maio e desacelerou à taxa anual de 3,0% no mês passado. O dado fortaleceu a aposta por cortes de juros do Federal Reserve (Fed) este ano.

Para o Jefferies, a recente evolução do cenário macro é positiva para ativos de risco, entre elas ações. O banco vê melhores oportunidades nos EUA que na Europa, por conta dos riscos políticos. “Continuamos a gostar das big techs”, afirma.

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