Bolsas de NY sobem e renovam recordes históricos de fechamento, seguindo CPI nos EUA

15/maio 17:27
Por Matheus Andrade, especial para a AE / Estadão

As bolsas de Nova York fecharam em alta nesta quarta-feira, 15, apoiadas pela publicação de indicadores nos Estados Unidos. O índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) abaixo do esperado por analistas impulsionou perspectivas de cortes de juros pelo Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) ainda neste ano, o que ajudou a levar os três principais índices e renovarem suas máximas históricas de fechamento.

O Dow Jones fechou em alta de 0,88%, em 39.908,00 pontos, o S&P 500 subiu 1,17%, a 5.308,15 pontos, e o Nasdaq avançou 1,40%, a 16.742,39 pontos.

O CPI subiu 0,3% em abril ante março nos EUA, abaixo da mediana do Projeções Broadcast, de alta de 0,4%. O núcleo avançou também 0,3%, como esperado. Na avaliação da Capital Economics, o dado é consistente com um corte de juro sem setembro pelo Fed.

A Oxford Economics, por sua vez, aposta em uma primeira redução em setembro e outra em dezembro.

Para a Capital Economics, as melhores notícias sobre a inflação nos últimos dias proporcionaram um alívio adicional aos mercados obrigacionistas e acionários, e apoiam a previsão de que os rendimentos dos títulos dos Treasuries cairão um pouco mais nos próximos meses, enquanto o mercado de ações atinge novas máximos. Já as vendas no varejo dos EUA ficaram estáveis em abril ante março, quando analistas projetavam crescimento de 0,4%. Para a Pantheon, essas vendas eram sinal claro de enfraquecimento do consumo no país, mas “não chega a ser um desastre”.

Entre as empresas, a avaliação do Morgan Stanley de que Dell Technologies é a melhor escolha na construção de infraestrutura de inteligência artificial (IA) fez com que as ações da empresa saltassem 11,21%, batendo recorde histórico. Já Boeing caiu 2,08%, em meio a novos problemas legais com o Departamento de Justiça (DoJ) americano. A pasta diz que a fabricante de aviões violou um acordo de 2021 que previa o fortalecimento do seu compliance.

A varejista de videogames GameStop teve queda de 18,87%, após fechar com salto de 60% na terça-feira em meio ao retorno da empolgação com ‘ações meme’.

“Essa é uma tendência impulsionada pelo entretenimento e não pelos fundamentos da empresa e, portanto, qualquer investidor que esteja pensando em pegar carona deve ter extrema cautela”, aconselha a analista Susannah Streeter, da AJ Bell.

Também afetada pelo frenesi, a AMC recuou 20,23%, depois do fechamento com 32% de ganhos na sessão anterior.

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