Bolsonaro deixará Brasil nesta sexta-feira à tarde com destino a Orlando, nos EUA

30/12/2022 13:09
Por Felipe Frazão / Estadão

O presidente da República, Jair Bolsonaro, confirmou a previsão de que deixará o Brasil com destino a Orlando, nos Estados Unidos, antes da posse do presidente eleito e diplomado, Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Adiada ao longo da semana, a decolagem está prevista para ocorrer às 13h45 de sexta-feira, dia 30, conforme plano de voo na aeronave presidencial.

O Airbus VC-1 da Força Aérea Brasileira vai pousar ainda nesta sexta-feira por volta das 19h53, após voo direto, no Aeroporto Internacional de Orlando.

Primeiro presidente no cargo a disputar e perder uma reeleição no Brasil, Bolsonaro também será o primeiro a não passar a faixa a um sucessor eleito pelas urnas desde a redemocratização.

Uma equipe do Palácio do Planalto, de apoio e segurança, chegou há dois dias na cidade da Flórida. A previsão é que o presidente passe ao menos janeiro hospedado em um condomínio-resort fechado.

Oficialmente, a Presidência da República não se pronunciou sobre a viagem. Servidores militares do Gabinete de Segurança Institucional foram deslocados a Miami, cidade vizinha na Flórida, assim como a equipe de assessores que acompanhará Bolsonaro como ex-presidente.

A Secretaria Geral da Presidência publicou no Diário Oficial da União aval para afastamento do País dos “assessores de ex-presidente” indicados por Bolsonaro. São eles: Sérgio Rocha Cordeiro, Marcelo da Costa Câmara, Max Guilherme Machado de Moura, Osmar Crivelatti e Ricardo Dias dos Santos.

A equipe de apoio com cinco servidores pagos pela União se revezará nos EUA entre 1º e 30 de janeiro, durante “agenda internacional” de Bolsonaro em Miami.

Pronunciamento final

Antes da decolagem, Bolsonaro fez, sozinho, um pronunciamento informal nas redes sociais. Apesar de ter sido aconselhado a não falar, pelo risco de incentivar os manifestantes golpistas que o apoiam, ou a desapontá-los, o presidente preferiu ouvir conselhos políticos que sugeriam um aceno a sua base.

Na ocasião, ele chorou, reconheceu o clima de velório e afirmou que foi muito difícil ficar praticamente dois meses calado, após a derrota para Lula.

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