Bolsonaro e filhos saíram para pescar antes da chegada da PF, diz advogado

29/jan 16:38
Por Rayanderson Guerra / Estadão

Advogado da família do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Fábio Wajngarten, ex-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência, afirmou nesta segunda-feira, 29, pelas redes sociais, que o ex-presidente e os filhos saíram de casa em Angra dos Reis, no litoral Sul do Estado, para pescar às 5h, antes da chegada dos agentes da Polícia Federal (PF).

Os policiais cumpriram mandados de busca e apreensão na residência de férias do clã em Angra dos Reis e em outros oito endereços, incluindo a casa de Carlos na zona oeste do Rio e o gabinete do parlamentar na Câmara Municipal no âmbito da operação que apura ligações do vereador em suposta espionagem ilegal na Agência Brasileira de Inteligência (Abin).

Segundo a PF, foram cumpridos nove mandados de busca e apreensão. Entre eles, em Angra dos Reis, onde o clã passa férias desde o início de janeiro; na residência de Carlos na Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio; no gabinete do vereador, na Câmara Municipal do Rio; em Formosa (Goiás) e em Salvador (Bahia).

Em nota, a Câmara Municipal do Rio confirma que agentes da Polícia Federal estiveram no gabinete de Carlos na manhã desta segunda-feira para cumprir mandado judicial de busca e apreensão. Segundo a Casa, a diligência ocorreu das 7h às 9h e foi acompanhada pela segurança da Casa e um assessor do parlamentar.

Carlos Bolsonaro está em Angra dos Reis com o pai e dois irmãos, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ). O clã promoveu uma live neste domingo, 28, para lançar um programa de formação para candidatos a vereador e reforçar a polarização com o PT nas eleições municipais deste ano.

A operação é um desdobramento da Operação Vigilância Aproximada, que vasculhou 21 endereços no último dia 25. O principal alvo da ofensiva foi o ex-diretor da Abin na gestão Bolsonaro e hoje deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ). A investigação se debruça sobre a suspeita de que a Abin teria sido usada ilegalmente para atender a interesses políticos e pessoais do ex-presidente Jair Bolsonaro e de sua família.

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