‘Bolsonaro é mito, o Lula é um impostor’, diz Flávio Bolsonaro

19/jul 17:09
Por Jean Araújo / Estadão

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) falou nesta sexta-feira, 19, que “tem barbudo que vive sonhando em ser chamado de mito”, fazendo referência ao atual presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O parlamentar também chamou o petista de impostor e afirmou que ele não tinha os requisitos para o título que é dado ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por seus apoiadores.

A declaração ocorreu durante o segundo ato de pré-campanha nesta semana em Campo Grande, na zona oeste da cidade do Rio de Janeiro. Enquanto discursava, Flávio disse haver um “cara”, o qual ele chamou de “barbinha”, reclamando que ninguém estava o chamando de mito.

“Para ser chamado de mito tem que merecer, tem que fazer por onde! Mito é aquele que baixa imposto. Bolsonaro é mito, o Lula é um impostor”, diz o senador, argumentando que para ter o título dado ao seu pai é necessário ser a favor da vida, não a favor do aborto.

O trecho da fala foi postado na rede social X (antigo Twitter) do senador. Confira clicando aqui.

Procurado por meio da assessoria de imprensa da Presidência, Lula não se havia se manifestado sobre essa citação até a publicação deste texto. O espaço segue aberto.

O ato político contou com a participação de deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e pré-candidato à Prefeitura do Rio. Durante seu discurso em um trio elétrico, Jair Bolsonaro investiu novamente na narrativa de perseguição. Ele disse que pode voltar a ser alvo da Polícia Federal diante dos avanços de investigações sobre fraudes no cartão de vacinação e pela venda das joias sauditas.

“Amanhã pode vir na porta da minha casa a Polícia Federal pela quarta vez buscar cartão de vacina. Eu não me vacinei. Vai lá buscar meu passaporte. Vai tentar, cada vez mais, me achincalhar, me esculachar, mas não vão encontrar nada porque não tem”, declarou.

O ex-chefe do Executivo e Ramagem são investigados por monitoramento de opositores pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin) durante a gestão bolsonarista. No dia anterior, 18, Bolsonaro também citou o caso alegando que o ex-diretor da Abin “paga um preço alto pela ousadia” de querer governar uma cidade como o Rio.

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