Bolsonaro volta a falar em ‘bem contra o mal’ e pede que povo ‘não fuja da luta’

16/09/2022 15:15
Por Iander Porcella / Estadão

Em comício na cidade de Prudentópolis (PR), o presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou nesta sexta-feira, 16, a definir a eleição para o Palácio do Planalto como uma batalha “do bem contra o mal” e pediu que a população “não fuja da luta”. No discurso, o candidato à reeleição também exaltou o agronegócio e indicadores da economia, além de manter os acenos ao eleitorado conservador, ao reforçar que é contra o aborto e a legalização das drogas.

“Temos pela frente uma bifurcação, uma decisão que todos nós devemos tomar. Na luta do bem contra o mal, o bem sempre venceu e vencerá novamente. O povo, nesses momentos difíceis, fez valer sua vontade. E eu peço a todos vocês que decidam, que participem. Nós sabemos que lá na frente todos nós seremos julgados, não só pelas nossas ações, bem como pelas nossas omissões. Que o povo brasileiro não fuja da luta”, disse Bolsonaro.

O presidente também voltou a citar indicadores econômicos que melhoraram nos últimos meses. “O Brasil vai indo muito bem na sua economia. Por mais que alguns torçam, o outro lado torça contra, o Brasil cada vez mais diminui a taxa de desemprego, cada vez mais o nosso Produto Interno Bruto é maior”, afirmou. Bolsonaro também repetiu as críticas que tem feito a uma suposta perseguição de padres na Nicarágua, país que ele associa a seu principal adversário na eleição, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que lidera as pesquisas de intenção de voto.

Prudentópolis concentra a maior comunidade de ucranianos no Brasil. Entre os apoiadores do presidente que acompanharam o comício, alguns seguravam bandeiras da Ucrânia. “Vocês, em grande parte, têm país de origem, um país pacífico, um país também produtor rural. E as bandeiras de lá têm as mesmas cores da bandeira daqui. Somos irmãos, queremos o bem um do outro, torcemos pela paz. E o Brasil tudo fará, como vem fazendo, para que essa paz seja alcançada”, declarou Bolsonaro, em referência à Ucrânia, que vive uma guerra com a Rússia.

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