Neste inverno, Petrópolis já registra duas vezes mais queimadas do que em 2021

30/07/2022 08:30
Por Redação/ Tribuna de Petrópolis

O 15º Grupamento Bombeiro Militar (15ºGBM- Petrópolis) atendeu a 41 ocorrências de fogo em vegetação em julho deste ano. No mesmo período do ano passado, foram 19 ocorrências, no comparativo, isso representa um aumento de cerca de 111%. Durante o período de estiagem, órgãos do Governo Estadual e Federal e a Defesa Civil realizam ações de conscientização sobre os riscos e, principalmente, a punição para quem provoca intencionalmente incêndios florestais. 

De janeiro a julho deste ano, os Bombeiros registraram 64 ocorrências. No mesmo período do ano passado, 43 ocorrências, um aumento de cerca de 49% entre os dois anos. No quadro geral, de 1º de janeiro até 31 de dezembro de 2021, o 15º GBM atendeu a 84 ocorrências de queimadas em Petrópolis. 

Dia D da Operação Abafa

O 15º GBM participou de uma ação conjunta de conscientização da população com o objetivo de prevenir incêndios florestais em Petrópolis. Notificações preventivas estão sendo entregues aos responsáveis por propriedades mapeadas como palcos de ocorrências recentes ou recorrentes de fogo em vegetação. Os agentes orientam os cidadãos sobre práticas consideradas de risco, que devem ser evitadas, como as queimadas para limpeza de terrenos e a soltura de balões.

A iniciativa prioriza cinco grandes áreas do município: os distritos da Posse e de Pedro do Rio, o bairro de Itamarati, o Morro da Glória, além de áreas às margens da rodovia BR-040. Locais com altos índices de queimadas em anos anteriores. 

A Operação ‘Abafa’, como foi intitulada, é uma parceria com outras agências, incluindo a Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro (PMERJ), o Instituto Estadual do Ambiente (Inea), a Força Aérea Brasileira (FAB), a Polícia Rodoviária Federal (PRF), a Defesa Civil de Petrópolis e a concessionária CONCER.

Segundo o Corpo de Bombeiros, o fogo em vegetação, e sua propagação em áreas florestais, normalmente ocorre com frequência e intensidade nos períodos de estiagem, entre maio e novembro, e está intrinsecamente relacionada com a redução da umidade ambiental. 

Os incêndios podem iniciar de forma espontânea ou serem consequência de ações e/ou omissões humanas, mas mesmo nesse último caso, os fatores climatológicos e ambientais são decisivos para incrementá-los, facilitando sua propagação e dificultando seu controle. 

Os incêndios florestais podem ser acontecer por causas naturais, como raios, reações fermentativas exotérmicas, concentração de raios solares por pedaços de quartzo ou cacos de vidros em forma de lente e outras causas; imprudência e descuido de caçadores, mateiros ou pescadores, através da propagação de pequenas fogueiras, feitas em acampamentos; fagulhas provenientes de locomotivas ou de outras máquinas automotoras, consumidoras de carvão ou lenha; perda de controle de queimadas e por incendiários e/ou piromaníacos. 

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