Boulos faz mea-culpa e diz que faltou diálogo com trabalhadores autônomos

17/out 12:55
Por Geovani Bucci e Luccas Lucena, especiais para a AE / Estadão

O candidato à Prefeitura de São Paulo Guilherme Boulos (PSOL) admitiu que deveria ter falado mais com os trabalhadores autônomos no primeiro turno das eleições municipais.

Boulos diz que faltou diálogo com parte dos trabalhadores. “Essa eleição deixou claro a dimensão desse fenômeno na cidade de São Paulo. Isso acendeu um alerta não só para mim, para a esquerda, mas para todos. Acho que isso reforçou uma coisa que eu e minha equipe tivemos a compreensão e humildade de fazer um mea-culpa e autocrítica, de que nós não dialogamos com um setor importante dos trabalhadores”.

“Muitas vezes, meu campo político, pela missão ética que nós temos, a gente acaba focando em uma parcela dos trabalhadores mais pobres e deixamos de falar com uma parcela dos trabalhadores que foram buscar sua prosperidade de outra forma, fazendo seu negócio, virando MEI, uma mulher que virou manicure e um homem da periferia que abriu uma oficina”, disse o candidato.

Ele afirma que a extrema direita “ocupou” o diálogo com os trabalhadores autônomos. “Na ausência de diálogo com esse segmento, a extrema direita ocupou esse espaço. Esse reconhecimento está acontecendo agora, porque a dimensão desse fenômeno aqui na cidade de São Paulo ficou claro após a votação”.

Para motorista de Uber, ele diz que liberará os veículos do rodízio na capital. “A minha campanha se debruçou para buscar alternativas, como, por exemplo, para você, que é motorista de Uber: uma das propostas que a gente elaborou foi a liberação do Uber do rodízio. Quando ele fica um dia por semana sem poder usar o carro, são, pelo menos, quatro dias no mês”.

Para os taxistas, haverá transferência de alvará e permissão de publicidade nas laterais do veículo. “Para quem é taxista, que tem uma dificuldade tremenda de fazer transferência de alvará, vamos criar todas as condições para que se possa fazer”.

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