BR-040 : relatório comprova colapso no interior do túnel

08/12/2017 17:46

O relatório final do equipamento subaquático que realizou a vistoria no túnel da Nova Subida da Serra (NSS) comprova que houve colapso no interior do local. O documento elaborado pela empresa Hibbard Inshore Brasil informa também que a altura do túnel começa a diminuir 65 metros antes da região onde houve a abertura da cratera, por conta da presença de material do colapso. Na distância de 675 metros, ponto máximo em que o equipamento chegou com segurança, a distância entre os escombros e o teto do túnel fica em pouco mais de um metro, não sendo possível continuar com o trabalho de vistoria.  A Concer também entregou um relatório descartando o risco na rodoviária do Bingen, Capela, Vila São Joaquim, Amazonas e o Parque São Vicente. Segundo o documento, as escavações não chegaram a estes locais.

O documento foi entregue – por determinação judicial – pela concessionária no início da noite de terça-feira (06) e reforça o laudo da Secretaria de Defesa Civil e Ações Voluntárias que indica a falta de monitoramento das escavações – abandonado desde novembro de 2016 – como fator determinante para o desastre, que poderia ser prevenido.

“O relatório do equipamento subaquático indica que se temos uma grande cratera de 18 metros de diâmetro em superfície, provavelmente, temos um enorme colapso de proporções ainda maiores com o formato de um funil invertido no interior do túnel”, explica o secretário de Defesa Civil e Ações Voluntárias, coronel Paulo Renato Vaz, preocupado com a distância onde foram encontrados resquícios do colapso.

“Se o monitoramento não tivesse sido interrompido, pequenos desplacamentos, surgência de água e outras eventuais anomalias, poderiam ter sido detectadas no início e o desastre evitado”, completa.

Dessa maneira, a Defesa Civil também reforça que não existe prazo para a liberação da pista, da Escola Municipal Leonardo Boff e nem das 55 casas, na região conhecida como Vale da Escola. A liberação da área será possível somente após a realização de intervenções estruturais no interior túnel.

“Não trabalhamos com nenhum prazo ou previsão para a liberação das casas, da escola ou da pista, que passa exatamente sobre o túnel, sem que aconteçam intervenções efetivamente estruturantes no interior das escavações. O que está em jogo é a vida das pessoas e não podemos colocá-la como ponto de interrogação", garante o secretário de Defesa Civil e Ações Voluntárias, coronel Paulo Renato Vaz.

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