Brasil anula Argentina, conta com milagres de Willian e é hexacampeão do mundo de futsal

06/out 14:00
Por Estadão

O Brasil é hexacampeão mundial. Jogando contra a Argentina neste domingo, na Humo Arena, no Usbequistão, a seleção venceu por 2 a 1 e conquistou o sonhado título da Copa do Mundo de Futsal de 2024, encerrando jejum que durava 12 anos. Ferrão e Rafa Santos marcaram para a seleção, que também contou com atuação marcante do goleiro Willian. Rosa diminuiu para os hermanos no final, de muitas emoções.

O primeiro ataque do jogo foi do Brasil. Dyego recebeu um passe perfeito pelo lado esquerdo e chutou de bico, mas Sarmiento fechou bem o ângulo e defendeu o chute de peito. O goleiro sentiu um pouco a pancada, mas retornou sem problemas.

Pouco depois, “tiro trocado”: a Argentina atacou e obrigou Willian a defender um bom chute. Na sequência, o arqueiro acionou Marlon em contra-ataque rápido. O fixo chutou com perigo, rente à trave. O Brasil tomava as ações ofensivas do jogo, mas os adversários corriam por fora com chutes perigosos. Um deles, de fora da área, obrigou o goleiro brasileiro a fazer defesa plástica.

Em torno dos cinco minutos, mais uma boa chance para a seleção. Neguinho aproveitou sobra de Ferrão no ataque e chutou no canto direito de Sarmiento, que salvou a Argentina. Na sequência, o Brasil ganhou uma falta perigosa pela esquerda. Marcênio cobrou e achou Ferrão rente à trave direita. Sem ângulo, o pivô finalizou e marcou o primeiro gol da decisão.

A seleção brasileira levou um susto aos oito minutos, quando o VAR chamou para um possível cartão vermelho para Pito, que tinha entrado no lugar de Ferrão. O pivô, recém eleito o melhor do mundo, dividiu forte uma bola com um adversário e chegou a pisar na canela dele, sem intenção. Após revisão, os árbitros não viram maldade e confirmaram somente o cartão amarelo. Na cobrança de falta pela Argentina, nova defesa de Willian.

O Brasil voltou a apresentar perigo na reta final do primeiro tempo em finalização do pivô Rafa Santos, que carregou a bola por toda a quadra e chutou rasteiro, parando em Sarmiento. Logo em seguida, Felipe Valério arriscou um chute de longe, o goleiro defendeu, mas, no rebote, novamente Rafa Santos, colado no arqueiro, tocou na sobra e marcou o segundo gol do time.

A Argentina montou uma blitze nos últimos minutos da etapa inicial e marcou a saída de bola brasileira, forçando erros e obrigando Willian a fazer várias defesas seguidas. Os escanteios chegaram a ficar em 15 a 2 para os argentinos, cenário bem diferente do começo do jogo. O Brasil segurou a pressão para jogar no contra-ataque, quase marcou de novo com Rafa Santos, e foi para o intervalo ganhando de 2 a 0.

O começo do segundo tempo foi novamente de ofensiva argentina, com Taborda dando dois chutes perigosos e botando Willian para trabalhar consecutivamente. O script seguiu o mesmo do fim do primeiro tempo, com o Brasil fechado, defendendo os ataques adversários e buscando um contra-ataque. O jogo, no entanto, foi ficando perigoso a medida que mais e mais escanteios eram batidos contra a seleção.

Aos sete minutos, Rosa quase fez um golaço de letra após um passe na diagonal, mas parou na perna direita de Willian, de novo bem colocado. A seleção respondeu na sequência com uma tabela no ataque e Felipe Valério chutou para fora. Apesar de ter levado perigo, o lance não foi bom para a equipe, já que o fixo torceu o pé após a finalização e teve que sair.

Por volta dos dez minutos, o pivô argentino, que antes quase marcou de placa, agora perdeu uma chance na cara da meta. Depois de receber um passe cruzado rasteiro, ele, quase de frente para o gol, chutou para fora – mérito para o brasileiro Marlon, que conseguiu o atrapalhar no lance.

Precisando de gols, a Argentina foi para o tudo ou nada e passou a atacar com goleiro linha nos últimos minutos, tendo agora superioridade numérica na ofensiva, mas se expondo na defesa. A tática deu certo e, faltando dois minutos, os argentinos diminuíram para 2 a 1 com Rosa, justamente quem estava atuando de goleiro linha, que pegou sobra de Willian.

O final foi um verdadeiro show de emoções, com pressão total da albiceleste, e graças a mais uma defesa do arqueiro no fim, o Brasil segurou a pressão e se sagrou hexacampeão do mundo de futsal.

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