Brasil S/A, fácil de administrar
Já escrevi e volto a afirmar – contrariando toda orientação dada num curso de economia, esta grande empresa Brasil S/A age diferente. Em qualquer princípio básico de uma empresa, quando surge uma recessão de mercado, a primeira providência é reduzir despesas, diminuir a produção de acordo com a demanda e, se necessário, demitir funcionários para enxugar a folha, além de correr atrás dos devedores para reforço de caixa até que o mercado dê sinais de recuperação. E, em determinados casos, os proprietários ou diretores são forçados a reduzir suas retiradas mensais. Mas nesta empresa surrealista que nada produz além de problemas, quando o cinto aperta nenhuma dessas medidas entram em pauta e até com exagero, aumenta seu quadro de funcionários e aumenta salários de diversos setores pois, para eles, as providências são simples – dá uma canetada e, da noite para o dia, jorram recursos para reforçar seu caixa e ficam certos de que “os espoliados de plantão” vão entender que é uma emergência como no presente caso dos combustíveis.
E como sempre, o “bode expiatório” das dificuldades financeiras é a famigerada e maldita Previdência Social que é eternamente deficitária, Mas vamos lá atrás recorrer a um único exemplo irrefutável que tanto pesa na tal “imprevidência” que, a despeito da afirmação do seu secretário de tempos passados, o apregoado déficit representa 80% do setor público e somente 20% dos eternos asnos da antiga fábula de La Fontaine. E num simples e único exemplo provamos a qualquer autoridade econômica tal detalhe se no governo petista se conseguiu uma “boquinha” no Congresso Nacional ou em outro órgão qualquer para sua falecida esposa entrar pela janela e agora propicia uma pensão “proporcional” de 23 mil reais mensais ao cidadão mais honesto do país – conforme declaração feita na frente do juiz Sérgio Moro e divulgado pela mídia.
Portanto, sem querer desmerecer a referida senhora, mas como era sabido, incapaz de exercer qualquer cargo num órgão público já que nunca se ouviu sua voz enquanto na posição compulsória de “primeira-dama”. O fato é sabido e comprovado mas como me afirmou um advogado sua condição de funcionária não poderia ser caçada por já possuir “direito adquirido” – o que só acontece no setor público e não no privado.
Portanto, diante de tais exemplos, é fácil governar o Brasil e despejar “verborragia” em cima do povo que em tudo acredita.
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