Brittney Griner é libertada pela Rússia após troca de prisioneiro com os EUA

08/12/2022 12:10
Por Estadão

A jogadora de basquete Brittney Griner, bicampeã olímpica com os Estados Unidos, foi libertada nesta quinta-feira pelo governo da Rússia após uma troca de prisioneiros com a Casa Branca. Viktor Bout, traficante de armas russo que está cumprindo uma sentença de 25 anos nos EUA e que já ganhou o apelido de “Mercador da Morte”, será enviado ao país europeu, de acordo com a agência de notícias “The Associated Press”.

Griner foi detida em março deste ano depois que a polícia disse ter encontrado vape contendo óleo de cannabis, um derivado da maconha, em sua bagagem, no aeroporto de Sheremetyevo, em Moscou. Em julho, a atleta admitiu a posse dos produtos em sua bagagem, mas afirmou que não tinha intenção criminosa. Sua equipe de defesa apresentou declarações escritas dizendo que ela havia recebido cannabis para tratar de dores. No entanto, ela foi condenada a nove anos de prisão no dia 4 de agosto por posse e contrabando de drogas.

Os advogados de Griner argumentaram que a punição era excessiva. Eles disseram que, em casos semelhantes, os réus receberam uma sentença média de cerca de cinco anos, com cerca de um terço deles com liberdade condicional. Ela foi transferida para uma colônia penal em Yavas, no oeste da Rússia, em setembro.

Antes de sua condenação, o Departamento de Estado dos EUA declarou que Brittney Griner estava “detida injustamente” – uma acusação que a Rússia rejeitou com veemência. Refletindo a crescente pressão sobre o governo Biden para fazer mais para trazer a jogadora para casa, o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, revelou publicamente em julho que Washington havia feito uma “proposta substancial” à Rússia para levar a jogadora de volta ao país de origem, junto com Paul Whelan, um americano que cumpre uma sentença de 16 anos na Rússia por espionagem.

Esta é a segunda troca de prisioneiros entre EUA e Rússia em menos de um ano. Em abril, Moscou liberou o veterano dos fuzileiros navais dos EUA, Trevor Reed, em troca dos EUA libertarem um piloto russo, Konstantin Yaroshenko, que foi condenado por uma conspiração de tráfico de drogas.

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