Bueiros e galerias continuam entupidos meses após chuvas

Município se comprometeu à limpeza de galerias e dos bueiros no fim de março, mas não apresentou informações desde então 

08/07/2022 12:45
Por João Vitor Brum

Quase cinco meses após a chuva de fevereiro e quatro meses da tempestade de março, os bueiros e galerias da cidade continuam entupidos, mesmo após promessas de comprometimento da Prefeitura com o Ministério Público para a realização dos trabalhos. A desobstrução foi um dos compromissos assumidos pelo município em audiências sobre a macrodrenagem, mas nem no Centro Histórico, região que recebeu mais intervenções desde as chuvas, os bueiros foram desentupidos. Um motivo de grande preocupação, já que o período de estiagem termina em apenas três meses.

Quem circula pelas ruas da cidade percebe o entupimento dos bueiros e toda a sujeira acumulada nas galerias, porém nem um plano para as intervenções foi apresentado pela Prefeitura até hoje. Ruas como a Piabanha, Kopke e Paulino Guimarães é visível que não é feito o trabalho de limpeza e desentupimento há muito tempo. 

“Quanto à limpeza das galerias e bueiros, o plano para a efetivação da obrigação a que se comprometeu o Prefeito, assim como os prazos de sua efetivação, sequer foram apresentados, de modo que não se sabe efetivamente o que foi realizado e o que deixou de ser por falta de transparência e informação no processo”, destacou a promotora de Justiça, Zilda Januzzi Beck, em audiência especial sobre a macrodrenagem, realizada nesta segunda-feira (04).

Presentes na audiência, o presidente da Comdep, Leonardo França, e o procurador-geral do município, Miguel Barreto, não apresentaram nenhuma informação sobre os trabalhos de desobstrução de galerias e bueiros, mesmo após as declarações do MPRJ.

A promotora Zilda Beck salientou que esses trabalhos devem ser concluídos durante o período de estiagem, que está cada vez mais próximo do fim.

“Da última tragédia, ocorrida em 20 de março, já se passaram mais de 3 meses, de modo que a população, representada pelo Ministério Público, pretende é que medidas efetivas sejam tomadas, em especial, para que se evite o mesmo cenário nas próximas chuvas de verão que já se avizinham. Lembramos que essas medidas devem ser tomadas na época de estiagem, quanto às galerias e a cada chuva nos bueiros”, concluiu a promotora. 

O período de estiagem se encerra em outubro, ou seja, se passaram mais meses desde a tragédia até agora do que faltam para que o período de chuvas comece novamente na cidade.

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