Cachorro é brutalmente assassinado no Centro Histórico

01/04/2020 17:31

Um cachorro morreu após ser brutalmente enforcado na Praça da Inconfidência, nesta terça-feira (31) à tarde. O suspeito de ter cometido o crime vive em situação de rua e estava num grupo de pessoas que não notaram a ação. Ele foi levado pela Guarda Civil para a 105ª Delegacia de Polícia (DP), onde foi autuado.

De acordo com o protetor Domingos Galante, que encontrou o corpo do animal, uma mulher passava pela praça quando viu um homem enforcar o animal com um pedaço de fitilho. Porém, quando ela conseguiu ajuda para intervir na situação, o animal já estava morto. Segundo Galante, o homem foi identificado pelos outros moradores de rua que estavam no grupo.

O corpo do cachorro foi encaminhado para o Posto Regional de Polícia Técnica Científica da Polícia Civil (PRPTC- antigo IML), onde foi feita a perícia e foi constatado que o animal morreu por sufocamento mecânico.

Domingos disse que o cachorro estava no Centro há algumas semanas, depois de ter fugido da localidade do Dr. Thouzet. Com a repercussão do caso nas redes sociais, a dona do animal viu a foto e o reconheceu. “Enquanto a lei de maus tratos aos animais for branda, enquanto não mudar, nós vamos continuar enxugando gelo”, disse o protetor Domingos. 

De acordo com a delegada titular da 105ª DP, Juliana Ziehe, o homem, que foi levado à delegacia, aparentava sinais de problema mental. Ele foi autuado por crime contra o meio ambiente e, especificamente, pelo crime de maus tratos, tendo a morte do animal como resultado. O caso está sendo encaminhado para a Justiça.

Nesta quarta-feira (1º), os protetores e a Coordenaria de Bem-estar Animal (Cobea) vão se reunir para traçar ações para mapear todos as pessoas que vivem em situação de rua e possuem animais de estimação. “Temos que mapear para saber quais deles possuem animais, como uma forma preventiva, para que isso não se repita. Muitos moradores de rua têm amor pelos animais, dividem a própria comida com eles. Mas tem outros que exploram os animais para pedir dinheiro. Temos que separar o joio do trigo até nessa situação”, lamentou Domingos.

*Atualizado às 12h10

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