Caixa diz que rede de gás no Conjunto Habitacional Vicenzo Rivetti só foi instalada em 2020 e que antes disso não havia instalação
A Caixa Econômica Federal (CEF), em nota enviada à Tribuna, na manhã desta sexta-feira (17), garantiu que a rede de gás no Conjunto Habitacional Vicenzo Rivetti, no Carangola, só foi instalada em 2020, quando as unidades foram entregues, e que nos anos anteriores não havia esse tipo de instalação no local. Os problemas na rede de gás foram denunciados por Rafael Miranda, da AJR Administração de Condomínios e Empreendimentos Ltda., empresa que fez a consultoria em gestão condominial do conjunto, durante audiência pública na Câmara Municipal. Segundo ele foram realizadas vistorias nos anos de 2018, 2019 e 2020 onde verificaram “forte cheiro de gás” havendo risco de explosão.
Apesar de contradizer o relato de Rafael Miranda, a Caixa Econômica Federal disse, na nota, que “providenciou o envio de nova equipe técnica ao Residencial para verificação e avaliação de eventuais medidas cabíveis”. A CEF disse ainda que “em relação às reclamações de reparos, a AB Empreendimentos, responsável pelo empreendimento, deixou de atender as demandas registradas através do Programa De Olho na Qualidade. Diante disso, a Caixa iniciou os trâmites para contratação de nova empresa e uma equipe técnica tem realizado vistorias nos três residenciais, com vistas a prosseguir com a contratação de empresa substituta. A previsão de contratação da nova empresa, conforme ritos legais necessários, é de 120 dias”.
Técnicos da Defesa Civil (DC) e a Secretaria de Obras também fizeram vistoria no conjunto habitacional. Segundo os moradores, apenas o bloco 1 passou pela fiscalização na tarde de quinta-feira (16).
“A gente está se sentindo abandonado. Não temos respostas e ninguém fala nada com a gente”, lamentou uma moradora do bloco 6. Ela disse que os técnicos da Caixa e da Prefeitura vão ao local mas não passam informações. “Nunca falam nada e ficamos assim sem saber o que está realmente acontecendo, qual o tamanho do perigo”, ressaltou. A moradora disse, que o cheio de gás é sentido desde o ano passado, quando os apartamento foram entregues. “São vários os problemas que enfrentamos aqui”, frisou.
Outra moradora, também do bloco 6, também relatou que o cheio de gás é frequente no conjunto, principalmente na parte externa e no subsolo. “Na semana passada estava um cheiro muito forte”, contou. Além do cheiro forte de gás, os moradores também denunciam há anos problemas de infiltrações, vazamentos e falta de água. “Ficamos quatro dias sem água esta semana. Só ontem (quinta) o abastecimento ficou direto”, disse a moradora.
Os 776 apartamentos do Conjunto Habitacional Vicenzo Rivetti foram entregues em agosto de 2020 pelo então prefeito Bernardo Rossi. As obras demoraram sete anos para serem concluídas, durante todo esse tempo foram várias paralisações e mudança da empresa responsável pelos trabalhos. As unidades foram destinadas a famílias vítimas das chuvas e que estavam no cadastro do programa do Aluguel Social.