‘Caldeirão’: Aos 91 anos, Tony Tornado continua emocionando o público

02/05/2022 13:56
Por Laila Nery, especial para o Estadão / Estadão

No último sábado, 29, o ator e cantor Tony Tornado foi convidado por Marcos Mion para cantar no palco do Caldeirão. Além de mostrar que o vozeirão continua vibrante aos 91 anos, o artista relembrou momentos importantes da sua vida e carreira.

Viver por quase um século traz a Tony o privilégio de ter muitas histórias para contar. Foi assim que Marcos Mion anunciou o convidado. “Amigo de Tim Maia e Simonal, já serviu ao exército com Silvio Santos, acredite se quiser. Gravou um clipe com Mick Jagger e segue firme e forte aos 91 anos”, chamou o apresentador.

Tony entrou no palco cantando. Com BR-3, eleita melhor canção brasileira em 1970. Ele ainda falou sobre racismo no palco, e usou a frase que carrega como marca. “Quando duas mãos se encontram, refletem no chão a sombra da mesma cor”, disse Tony.

Assim que falou sobre os seus 91 anos, internautas ficaram chocados com a performance do ator. Ele se tornou um dos assuntos mais comentados no Twitter e memes circulam na rede social.

Ninguém pode negar que é quase um século muito bem vivido. Ele completará cem anos em 2030 e 92 numa quinta-feira, 26 de maio. Depois de sair de casa aos 12, em 1942, Tony conheceu boa parte do mundo.

O paulista foi morar no Rio de Janeiro e enfrentou dificuldades vivendo na rua, onde se sustentava à base de trocados. Depois disso, serviu na Escola de Paraquedismo de Deodoro, ao lado de Silvio Santos, como citado por Mion, e essa experiência o levou à guerra. Em 1957, o cantor foi ao Egito, na África, e lutou no Canal de Suez.

Três anos após a guerra, Tony foi morar em Nova York, onde conheceu Tim Maia. Após dez anos no país, ele retornou ao Brasil e a carreira como cantor de soul music, rock e R&B deslanchou.

Ele é considerado a principal referência de soul no País e o nome Tony Tornado foi escolhido em homenagem a James Brown. São muitas músicas, pelo menos 40 participações em novelas e 29 filmes, uma carreira secular.

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