Câmara entra em recesso sem definir a eleição para presidente
Os vereadores vão encerrar, na quinta-feira (11), o primeiro semestre deste período legislativo tendo pela frente questões que necessitam de respostas urgentes, assim que retomarem os trabalhos em agosto. A principal delas é se farão ou não eleição para o cargo de presidente devido ao afastamento do vereador Roni Medeiros (PTB) da Câmara Municipal.
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O entendimento de um grupo de vereadores e do Departamento Jurídico da Câmara, é que o cargo de presidente ainda não está vago e que somente ficará quando for declarado oficialmente pela Mesa Diretora, ou, pelo próprio vereador Roni caso renuncie ao mandato de presidente. Segundo informações, o grupo de vereadores que não quer eleger outro presidente espera que o vereador Roni consiga suspender a decisão da Justiça e, com isso, retome seu mandato a partir de agosto.
Enquanto isto não acontece, no campo político, o principal aliado do vereador Roni Medeiros, o Governo Municipal, conseguiu ganhar tempo e até retardar as discussões internas na Câmara sobre convocar ou não eleição para presidente. Esta semana, uma pessoa próxima dos vereadores afirmou que “o governo trabalhou direito e conseguiu reverter a situação”, comentando que tudo vai se resolver a partir de agosto.
O movimento do governo, no entanto, não moveu a intenção de um grupo de vereadores de apoiar o vereador Jamil Sabrá (PDT) para o cargo de presidente. O governo chegou a sugerir o nome do vereador Hingo Hammes (PDT), mas ele mesmo teria recusado, frisando que havia um compromisso e até aquele momento mantinha sua posição de apoiar a decisão do grupo. Segundo informações, mesmo aceitando aguardar até agosto, o grupo dos oito vereadores não abrem mão de apoiar Sabrá para presidente.
Se popularmente agosto é o mês do desgosto, para os vereadores afastados – Reinaldo Meirelles (PP), Luizinho Sorriso (PSB), Wanderley Tamboada (PTB), Ronaldão (PR) e Roni -, pode ser o mês de esperança e alegria, pois muitos dão como certo que neste mês eles vão conseguir uma decisão favorável no Superior Tribunal de Justiça (STJ), retomando o mandato. Esta situação fez, inclusive, o suplente Marcelo Chitão, que pode assumir como vereador no lugar de Roni, adiar para depois do recesso a intenção de entrar na Justiça reivindicando sua posse na Câmara.