Candidatos a prefeito apresentam propostas para déficit habitacional de Petrópolis

13/set 08:32
Por Wellington Daniel | Foto: Wellington Daniel/Tribuna de Petrópolis

A cidade de Petrópolis contava, em 2017, com um déficit habitacional de 12 mil moradias, segundo dados do Plano Municipal de Redução de Riscos (PMRR). Especialistas acreditam que, após a tragédia de 2022, o número pode ter dado um salto importante, já que mais de quatro mil pessoas chegaram a ficar desabrigadas ou desalojadas. Apesar disso, a revisão contratada do PMRR ainda não foi divulgada.

O histórico de eventos climáticos também é um fator de preocupação para moradores de áreas de risco em ocorrências de chuvas fortes. Segundo especialistas, estas chuvas extremas tendem a ser cada vez mais frequentes e intensas. Petrópolis pode ser incluída no decreto de emergência climática permanente.

A Tribuna de Petrópolis traz, hoje (13), as propostas para a redução do déficit habitacional no município dos cinco postulantes ao cargo de prefeito. Este é o quarto tema da série de entrevistas.

Veja outras publicações das entrevistas:

Como explicado às assessorias dos candidatos, a primeira resposta, hoje, será do candidato do PP, Hingo Hammes, seguido de Rubens Bomtempo (PSB) e Yuri Moura (PSOL). Os demais, seguem a ordem alfabética. As respostas foram encaminhadas por escrito pelos candidatos, que tiveram o limite de 500 caracteres contando com o espaço.

Tribuna de Petrópolis: O último Plano Municipal de Redução de Riscos (PMRR) trazia um déficit habitacional de 12 mil moradias em 2017, número que deve ter subido com as tragédias de 2022. Hoje, a cidade vive um impasse, com famílias que perderam as casas e ainda aguardam uma nova moradia e, ainda, a necessidade de retirar pessoas de áreas de alto risco. Quais soluções para o problema acredita que seriam possíveis, em meio a este cenário, tendo em vista que a previsão é que eventos climáticos extremos sejam mais frequentes e intensos?

Hingo Hammes (PP): “Déficit habitacional é reflexo da ausência de política habitacional de interesse social e é preciso inaugurar um novo ciclo da política habitacional na nossa cidade. Por isso, proponho: Articular com entes da federação a construção de novas unidades habitacionais. Viabilizar estudo para parceria Público Privado para construção de habitações para população que mora em área de risco. Implementar a Lei de Assistência Técnica para Habitação de Interesse Social.”

Rubens Bomtempo (PSB): “O investimento em prevenção cresceu 30 vezes em relação ao governo anterior. Com o Governo Federal, vamos viabilizar o Minha Casa Minha Vida no Vale do Caetitu e na Estrada da Saudade. E seguir o trabalho em curso: em vez de gastar com propaganda, investir mais em obras de contenção. No Alto da Serra, as áreas afetadas pela chuva estão sendo desinterditadas com o fim das obras. O Recomeço Seguro garante compensação para famílias que vivem em áreas de risco e será modelo para toda a cidade.”

Yuri Moura (PSOL): “Sou autor da Lei do Aluguel Social que garantiu moradia segura para 4.000 famílias após a tragédia de 2022. Consegui prioridade para Petrópolis no PAC, mais de 70 milhões para contenções de encostas. Vamos atualizar o PMRR e fazer melhorias habitacionais nas casas que podem sair deste risco com colocação de calhas, rede de esgoto, pequenas contenções e benfeitorias. Criar o banco de material de construção e escritório de arquitetos, engenheiros para mutirões e obras populares.”

Doutor Santoro (Novo): “A indústria de expansão de favelas para exploração econômica de pobres em troca de votos vai terminar, com investimento em tecnologia, remoção de pessoas em áreas de risco e uma política habitacional baseada na reforma de imóveis abandonados. Em parceria com o Estado, vamos criar o maior centro de controle climático do Brasil. Vamos contratar um plano definitivo para escoamento das águas e buscar a captação dos recursos para dar fim aos alagamentos.”

Eduardo do Blog (Republicanos): “Limpar as comunidades que seguem repletas de entulho e terra – irresponsavelmente – ainda das últimas tragédias. Retomar obras paradas e concluir as obras em andamento. Vamos aplicar o conceito do Bairro Planejado para dar dignidade aos que vivem em projetos habitacionais já existentes e trazer de volta os investimentos Federais e Estaduais para construir um lar para a nossa gente.”

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