Casa do Colono lança campanha de doação para ampliar acervo

29/01/2019 09:58

Museus mundo afora contam com coleções que, muitas vezes, faziam parte de um acervo pessoal e que junto com outros documentos contam cada vez mais histórias. Em Petrópolis não é diferente: a contribuição da população ajuda as instituições e possibilita o contato de outras gerações com o que já foi inédito em outros tempos, relacionando o passado com o presente. E é por isso que o Museu Casa do Colono quer ampliar ainda mais seu acervo com a ajuda dos moradores, e acaba de lançar a campanha “Você faz parte dessa história”. A ideia é fazer com que esse acervo doado esteja disponível para a pesquisa, para a cultura e acesso de toda a sociedade.

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O objetivo da ação é captar documentos e coleções pessoais, como cartas, livros, álbuns, utensílios domésticos e de trabalho industrial e agrícola, brinquedos, mobiliário, fotografias, acessórios femininos e masculinos, e histórias de vida que representem a imigração germânica na cidade. E, como uma casa-museu, busca narrar os modos de vida, as tradições, os ofícios e os saberes, as histórias desses diversos personagens, lugares e acontecimentos históricos que marcam a trajetória de formação do município de Petrópolis e sua gente, com foco no século XIX.

“Com a implementação desse trabalho, o Museu pretende obter novas fontes documentais para extensas pesquisas sobre as diversas visões que foram construídas sobre a história da imigração germânica na cidade e no Brasil durante as décadas, e as relações sociais que eram instituídas, enriquecendo seu importante acervo, que já conta com coleções significativas”, explica a museóloga Ana Carolina Vieira.

O Museu Casa do Colono atualmente conta com mobiliário, utensílios de uso doméstico e de trabalho, reproduções fotográficas, quadros e objetos de uso pessoal que chegaram até a instituição através de doações feitas pelos descendentes de colonos germânicos, além do apoio do Clube 29 de Junho, o Instituto Histórico de Petrópolis e o Museu Imperial com empréstimo de acervos. Por lá, o visitante é recebido com uma verdadeira aula de História.

Entre as últimas contribuições está a doação do acervo pessoal da família Justen, feita pela bisneta de imigrante Sylvia Tannenbaum, que entregou uma fotografia da família e um documento do início do século XX (uma caderneta de armazém).

Foto: Divulgação

Como doar?

A doação é a modalidade mais comum quando se trata de acervos pessoais e de instituições. O doador cede ao Museu interessado os documentos e objetos através de um termo doação padrão, no qual ficam estabelecidos os critérios de cessão, uso, reprodução e prazos de guarda. Além disso, o doador receberá um Certificado de Colaborador do Museu.

É fundamental que os documentos e objetos encaminhados para doação contenham identificação de pessoas, lugares, histórias e datas, pois facilita o trabalho de pesquisa. “Vale lembrar que todos os itens recebidos passarão por um processo de estudo, avaliação e seleção da equipe técnica da instituição museológica, com apoio de entidades, da sociedade civil organizada e do voluntariado para a sua validação”, explica Ana Carolina.

Para participar basta encaminhar um e-mail para casadocolonomuseu@gmail.com, informando o interesse em participar da campanha, com um pequeno descritivo dos itens que deseja doar, imagens, nome completo e contatos pessoais, assim como informações sobre a família de descendência germânica que pertença. Esse material será previamente analisado e depois de 15 dias o museu entrará em contato para formalização da doação e entrega do mesmo na sede do Museu Casa do Colono.

O atrativo fica na Rua Cristóvão Colombo, 1034, Castelânea. Outras informações podem ser obtidas pelo telefone: (24) 2247-3715. O horário de funcionamento é de terça-feira a domingo, das 8h30 às 16h. A entrada é gratuita.

Veja o que pode ser doado:

·         Documentos e objetos relativos à imigração germânica na cidade e no país;

·         Objetos relacionados à religião e/ou a comunidade germânica na cidade;

·         Revistas, boletins, jornais e publicações sobre a história da imigração ou de imigrantes e/ou entidades germânicas, principalmente datadas do século XIX e início do século XX;

·         Documentos e objetos de instituições germânicas na cidade;

·         Material de propaganda de entidades germânicas na cidade;

·         Atas de reuniões e de assembleias de entidades diversas criadas ou com adesão de imigrantes germânicos;

·         Homenagens e comemorações;

·         Pinturas, álbuns e/ou fotografias relacionadas à sua história e coletividade, principalmente datadas do século XIX e início do século XX;

·         Documentos sonoros, iconográficos e cartográficos;

·         Histórias de vida, principalmente dos mais idosos;

·         Ferramentas de trabalho, utensílios domésticos e mobiliários em geral que demonstram os ofícios e hábitos de vida das diversas famílias de colonos germânicos, datadas do século XIX e início do século XX, ou até datação mais antiga.

·         Brinquedos, registros de brincadeiras e jogos de influência germânicas, principalmente do século XIX.

Foto: Divulgação

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