Casas condenadas há mais de cinco anos na Otto Reymarus voltam a ser ocupadas

12/09/2018 21:00

Casas condenadas na Rua Otto Reymarus, no Morin, na localidade conhecida como Lagoinha, que foram atingidas por deslizamentos de terra em 1988, 2011 e 2013, voltam a ser habitadas. Moradores do bairro denunciam que várias moradias estão sendo reformadas e as invasões colocam em risco quem insiste em morar na área. Com a paralisação do programa Morar Seguro, que previa a indenização das famílias e a demolição das residências, além do reflorestamento da região, a situação se agrava. Há expectativa de a Prefeitura dar continuidade no programa do Governo do Estado com ajuda federal. 

Na Rua Otto Reymarus, o silêncio impera. No entanto, é possível ver sinais de habitação nas moradias, como roupas no varal, animais de estimação nos quintais e móveis por trás das vidraças. A fiação de energia elétrica chegando até algumas  residências e até cabos que aparentam ser de sinal de internet denunciam a presença de pessoas. Moradores do bairro, que preferem não se identificar, relatam “Já são várias famílias vivendo lá”. Os últimos proprietários de imóveis tiveram que deixar suas casas em 2013, após novos deslizamentos de terra.


Em 2015, o Inea indenizou 38 famílias do local por meio do programa Morar seguro, que visava promover a compra de imóveis de forma assistida e também a demolição das casas condenas o reflorestamento da região. Por meio de nota, a Secretaria de Estado de Habitação informou que as indenizações pagas correspondem a primeira etapa do total de 129 famílias que deveriam ser compensadas pelas perdas. Segundo a secretaria, devido à ausência de recursos para que o desfazimento das casas pudesse ser realizado pelo Estado, a Caixa Econômica não liberou o restante do recurso pada que o projeto pudesse ter continuidade.

As invasões na Otto Reymarus tiveram início em 2016, na ocasião, denunciadas ao poder público pelos próprios donos dos imóveis. A Secretaria de Defesa Civil e Ações Voluntárias do município, por meio da Assessoria de Comunicação da Prefeitura, informou que oficiou a Polícia Militar assim que tomou conhecimento do caso de invasões, solicitando que aumentasse o patrulhamento naquela região, e está reforçando o pedido para que os invasores sejam retirados do local. A nota informa ainda que a secretaria também está orientando que os proprietários dos imóveis registrem um boletim de ocorrência na delegacia. 

A Prefeitura informou que já pediu ao Ministério das Cidades para assumir a demolição dos imóveis pelo programa Morar Seguro – função que estava a cargo do estado – assim como a liberação dos recursos para a execução dos serviços. A prefeitura aguarda que o governo federal assinale positivamente com esta solicitação.

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