Casas interditadas que não são demolidas voltam a ser habitadas

Hoje o panorama é de 400 casas interditadas em Petrópolis, números oficiais, da Defesa Civil. E quantas dessas, depois de obras de contenção, podem voltar a ser habitadas? E quantas não têm jeito de serem moradias seguras nem com obras? E mais: quantas devem ser demolidas? Assim como as enchentes são recorrentes na cidade a volta do uso dessas habitações pelos antigos donos ou novos proprietários é muito comum. Assim, a casa interditada volta a ter famílias e novas vítimas são feitas nas chuvas do verão seguinte…

Programa-piloto em Petrópolis

Em 2012 e 2013, finalzinho da gestão Mustrangi e início do terceiro mandato de Bomtempo, a prefeitura chegou a demolir alguns imóveis. Mas, depois a ação parou.  Houve ainda o inicio do programa Morar Seguro, um projeto piloto no país que destinou R$ 75 milhões para estado e União promoverem indenização por casas condenadas, demolição desses imóveis e reflorestamento.

Ação foi abandonada

Começou no Morin onde 39 famílias foram indenizadas e tiveram as casas demolidas após a saída dos moradores. Mais de 270 foram cadastradas para receber as indenizações. O programa parou e em 2017 Bernardo Rossi, prefeito na época, tentou retomar, uma tentativa de ficar com a incumbência das demolições, mas depois nunca mais se falou no assunto.

Concertos solidários

Está de volta hoje a série ‘Concertos na Luterana’ mas agora em versão solidária. Os valores arrecadados serão destinados aos guias de turismo músicos de rua da cidade. A abertura, hoje, às 17h, ficará por conta dos maestros Julien Bacelar e Thiago Tavares, com o concerto “Fantaisie e Imaginacion” ao som do violão e órgão de tubos. Amanhã, a partir das 17h, serão dois concertos: “Choro de Sinhá”, com Alberto Magno e Julien Bacelar e, na sequência, a tradicional Banda Primeiro de Setembro, que se apresenta com seu sexteto de sax, com o concerto “Clássicos do Cinema”.

Imóveis para desabrigados

E pode ser dada uma utilidade para aquele prédio que o Governo do estado comprou em 2013, por R$ 4,4 milhões na Fazenda Inglesa, para instalar uma Academia do Corpo de Bombeiros. A deputada Mônica Francisco apresentou indicação na Alerj para que o imóvel seja reformado e vire um condomínio para desabrigados O local tem 20 mil m² de área dos quais quatro mil m² construídas com 60 quartos.  As obras chegaram a começar, mas foram paralisadas. Em 2011, com as chuvas do Vale do Cuiabá o imóvel chegou a ser usado como alojamento para desabrigados.  Aliás, foi a última utilização do espaço.

Tudo igual

O petropolitano não tem um minuto de paz. Se já não bastasse a tragédia, ainda continua vivendo na pandemia com ônibus lotados e horários suprimidos. Nem mesmo foi respeitado no Carnaval que não teve feriado nem ponto facultativo, mas houve redução de horários.  

Lotadas como solução

Depois as empresas de ônibus reclamam das lotadas, mas com pouca opção de horários e ônibus cheios é a alternativa. No Alto da Serra num dia normal agora não se avista menos que uns 15 particulares oferecendo as lotadas o tempo todo.

Volta!

E rola nas redes sociais o movimento “Volta”. Já vimos “Volta Hingo” e “Volta Bernardo”. Agora o pessoal que trabalhou em cargos em comissão para ambos não sabe a volta que pede, se de um ou de outro. É uma tentativa de manter um pé em cada barco…

Serra Velha

A revitalização da Serra Velha, obra do Estado, mas que caminha a passos de cágado manco, é avaliada em R$ 19 milhões. Mas, isso foi antes das chuvas do dia 15. A estrada foi atingida por várias barreiras e, milagrosamente, ninguém ficou ferido.   E a pergunta que os moradores fazem: vai ter obra de contenção também?

Pets

Vai ter que rolar uma campanha muito, mas muito grande de incentivo à adoção de animais. São mais de 300 resgatados da enchente. E tem idosinhos, adultos e filhotes.  Por enquanto eles estão abrigados em casas de protetores e voluntários, mas precisarão de um lar caso não se encontre as suas famílias.

Choveu no molhado

A isenção de pagamento de IPTU e coleta de lixo para quem teve casa ou empresa atingida pelas chuvas anunciada com pompa pela prefeitura é o mínimo, né?

Contato com a coluna: lespartisans@tribunadepetropolis.com.br