Catadores de cooperativa em Cascatinha denunciam problemas com a Comdep

Os catadores da cooperativa que funciona em um galpão em Cascatinha estão denunciando problemas com a Comdep. Eles contam que perderam espaço e trabalho, após o fechamento do Centro de Reciclagem do Carangola, ocorrida no mês passado. De acordo com os catadores, eles receberam apenas R$ 600 este mês e também perderam todos os benefícios, como cesta básica, café da manhã e lanche. 

Após o fechamento do Centro de Reciclagem da Comdep no Carangola as atividades da companhia passaram para o mesmo espaço da cooperativa em Cascatinha. "Desde que eles vieram para cá estamos a cada dia perdendo mais espaço. Recebíamos um salário mínimo pelo serviço e este mês recebemos apenas R$ 600. Estão tirando tudo da gente. Tínhamos benefícios e agora não temos nada. Estamos vendo a hora que vão nos tirar daqui", lamentou Rosangela da Silva Silveira.

Atualmente, 14 pessoas trabalham na cooperativa. Em agosto do ano passado, a Comdep passou a administrar o espaço e com isso os catadores começaram a receber um salário mínimo pelo serviço, além de outros benefícios. Os catadores também recebiam diariamente todo o material que era recolhido nos eco pontos e das escolas. 

De acordo com os catadores, desde maio essa material deixou de ser entregue a eles. "Agora eles (funcionários da Comdep) é que ficam com o que vem das escolas e dos eco pontos. Não recebemos mais nada deles. Desde que vieram para cá temos que trabalhar só com o que chega dos nossos colaboradores", disse Cristiane Alcântara.

Alguns catadores estão no local desde 2008 e ressaltam que nunca passaram por uma situação como esta. "O que nos disseram é que o acordo foi feito pela antiga administração e que agora eles não tinham mais vínculo com a gente", disse Rosangela.

Os catadores pedem ajuda e uma solução por parte da Prefeitura. "Estou aqui há um ano  e depois de ficar bastante tempo desempregada é daqui que tiro o meu sustento. Como vou sustentar uma casa e filhos com apenas R$ 600. Precisamos de ajuda e de uma solução", pediu Cristiane de Azevedo de Almeida.