Caxambu: moradores sofrem com crateras de quase 1,5 m de largura nas estradas
Há, pelo menos, um ano e dois meses, moradores e produtores rurais do Caxambu sofrem com inúmeros problemas viários. O excesso de buracos, que chegam a ter quase um metro e meio de largura e até 60 centímetros de profundidade, fazem com que a população encontre dificuldades no escoamento da produção, além da quebra constante de veículos, resultado do abandono do poder público sobre a região. Entre as áreas mais prejudicadas até hoje, está a localidade Mato do Banco.
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O problema deu início no dia 3 de março, do ano passado, quando uma cabeça d´água atingiu o Caxambu, destruindo plantações, bloqueando ruas e riachos. Nas áreas conhecidas como Três Pedras e Mato do Banco, moradores chegaram a ficar até quatro dias sem passagem.
Na ocasião, o município disse que parte de um recurso de R$4,5 milhões que viria do Governo Federal, serviria para a recuperação da comunidade, através da limpeza de córregos, galerias e redes de drenagem, recuperação de vias públicas e proteção de encostas. Porém, tal recurso não foi visto pela população que mora em áreas mais isoladas.
Fátima Laje é moradora do Mato do Branco há 20 anos. Trabalhando como produtora de mudas, a mulher encontra dificuldades tanto no momento de encaminhar seu produto para outras localidades, como também na recepção de clientes em seu local de trabalho.
“A situação é horrível por aqui. Precisei comprar um carro novo, que fosse mais propício a passar por vias com obstáculos. São tantas crateras, que, daqui a pouco vou precisar investir somente em manutenção frequente do veículo. Total descaso e abandono”, lamentou.
Seguindo o trecho da Rua Bernardino Vieira, a Tribuna encontrou grandes crateras em todo o percurso. Em alguns momentos, restos de materiais de obras como azulejos, pedras e tijolos, tentavam diminuir a profundidade dos buracos. Além disso, em diferentes trechos a pista apresentava sinais de deslizamento.
Outro grave problema na comunidade é encontrado durante o trajeto dos automóveis. Carros e caminhões precisam passar pela área em zig zag. “Tentamos minimizar os prejuízos em nossos veículos. Às vezes, não temos alternativa. O veículo passa e pode até ficar agarrado no buraco”, disse uma moradora.
Em nota, o município disse que a Secretaria de Obras fará uma vistoria para verificar as condições da localidade Mata Banco. O local já está incluído na programação das equipes de manutenção viária.