CBF confirma Rodrigo Caetano: quem é o executivo que promete fazer a seleção voltar a ganhar?

16/fev 15:31
Por Estadão

A CBF oficializou nesta sexta-feira Rodrigo Caetano como novo coordenador executivo geral das seleções brasileiras masculinas. O dirigente era diretor de futebol do Atlético-MG, mas deixa o clube para assumir o posto da CBF. A proposta feita pelo presidente Ednaldo Rodrigues envolve Caetano na reestruturação da seleção principal, junto do técnico Dorival Júnior, e dos times de base.

Caetano vai ter dois desafios logo de cara. Em junho, a Copa América. E, em setembro, a retomada das Eliminatórias Sul-Americanas da Copa do Mundo de 2026. O Brasil é apenas o sexto colocado e tem o pior desempenho na história até então. Os primeiros jogos da seleção na gestão de Rodrigo Caetano serão ainda em março, ambos amistosos. O Brasil visita a Inglaterra, em Wembley, e encara a Espanha, no Santiago Bernabéu. A convocação acontece no dia 1º do próximo mês.

O novo dirigente da CBF vai planejar também todo o calendário das seleções de base (sub-15, sub-17 e sub-20). Na semana passada, o time pré-olímpico fracassou em sua tentativa de buscar a vaga nos Jogos Olímpicos de Paris-2024.

“Agradeço a confiança do presidente Ednaldo por esse convite, sem dúvida alguma o maior desafio da minha carreira. Nem poderia ser diferente pelo tamanho da instituição e da responsabilidade. Me sinto muito honrado pela escolha, ser chamado para a Seleção é uma convocação, é assim que eu me sinto”, afirmou o novo executivo das seleções masculinas.

Caetano já trabalhou com Dorival duas vezes: no Vasco, em 2009, e no Fluminense, em 2013. Agora, o executivo terá a missão de reformular a seleção junto do treinador. “Agradeço muito também ao Dorival, com quem já tive a oportunidade de trabalhar em dois grandes clubes, agora vamos retomar essa parceria. É importante a confiança que ele deposita no nosso trabalho”.

CBF GARANTE AUTONOMIA PARA RODRIGO CAETANO NAS SELEÇÕES

A promessa é que de o executivo tenha “total” autonomia para trabalhar nas seleções, de acordo com a CBF. Caetano afirmou já ter começado as atividades no novo cargo. Ednaldo Rodrigues, que retornou à presidência da entidade recentemente, disse nesta sexta ter “confiança irrestrita” em seu novo contratado.

“Ele terá autonomia total para fazer todas as modificações necessárias para a seleção brasileira continuar sendo vencedora, forte e identificada com os torcedores. O trabalho do Rodrigo Caetano, que foi um exemplar atleta e que tem sido um exemplar dirigente ao longo desses 20 anos, é comungando com o sentimento do novo treinador e de toda sua comissão técnica”, declarou Ednaldo.

REESTRUTURAÇÃO DO VASCO E VENDA DE VINI JR. NO FLAMENGO

Rodrigo Caetano tem 53 anos e foi jogador sem muito destaque, atuando principalmente por clubes gaúchos, além do Deportivo Táchira, da Venezuela. O melhor momento da carreira como atleta foi no Mogi Mirim, quando jogou ao lado de Rivaldo, no começo da década de 1990.

O destaque maior foi na função de gestor. Caetano iniciou como executivo no futebol de base do Grêmio. Depois, ele foi para o Vasco, onde atuou na reestruturação do clube após a queda para a Série B, em 2009. Nas gestões de Roberto Dinamite, Caetano reformulou o elenco e ajudou a montar o time que conquistou a Copa do Brasil, em 2011. Outro trabalho de Rodrigo Caetano que teve bom desempenho foi no Fluminense. O executivo participou dos títulos dos Campeonatos Carioca e Brasileiro em 2012.

No Flamengo, Rodrigo Caetano participou da gestão do presidente Eduardo Bandeira de Mello, como foco na recuperação de dívidas. Foi nesta época que o clube negociou o atacante Vinicius Júnior com o Real Madrid por 45 milhões de euros (cerca de R$ 267 milhões, em 2020).

Depois, ele teve passagens por Internacional e Atlético-MG. Em dezembro, o clube de Minas Gerais havia anunciado a manutenção do executivo no cargo de diretor de futebol. Caetano chegou a ser procurado por outros clubes. No último trabalho, ele participou dos títulos da Supercopa do Brasil de 2022, Campeonato Brasileiro e Copa do Brasil (ambos em 2021) e o tricampeonato mineiro, de 2021 a 2023.

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