Celebração natalina: famílias se unem para preservar as tradições
Se tem um período que consegue reunir a família inteira numa grande celebração é o Natal. A expectativa pelos presentes, os quitutes da ceia, além dos abraços e da comunhão entre os consanguíneos, são marcas que caracterizam esta festa. Há quem não abra mão de estar junto com os familiares neste dia, não importando a distância, as diferenças ou qualquer outro fator que possa atrapalhar. As histórias de Natal são vividas por todo mundo, não importando a cor, classe, raça ou língua. Fato é que a data que celebra o nascimento de Jesus, tem grande representatividade nos lares da população.
Aos 34 anos, Luis Gustavo Jucá Bender, relembra a celebração vivida anualmente. A festa sempre ocorreu na casa dos avós e simbolizava a verdadeira reunião de todos. O Coronel reformado João Jucá e a esposa Evangelina Jucá, juntos há 75 anos, sempre fizeram questão de que todos estivessem juntos na data. Em meio a cinco filhos, 16 netos e 18 bisnetos, a comemoração no lar do casal é grande. E dentre os quitutes famosos da avó, estavam a rabanada e pavê inigualáveis, como relata Gustavo. “Os quitutes da minha avó eram motivos de expectativa para o Natal. Vinha a família de Cabo Frio, de São José do Vale do Rio Preto e tudo sempre foi muito legal. Nós somos descendentes de italianos, então o falar alto é uma das minhas grandes lembranças. Somos animados, calorosos e com isso, a confusão no bom sentido, era certa”, conta.
Elizabeth Graebner trouxe da vivência no Sul uma forma diferente de comemorar. A surpresa sempre foi marca das comemorações no Natal. A árvore, por exemplo, só chegava na casa, as vésperas da celebração e um verdadeiro ritual é realizado pela família. “Na nossa celebração, não pode faltar a leitura da passagem bíblica que conta sobre o nascimento de Jesus e hinos de Natal cantados por nós. A árvore aqui em casa tem velas que são acesas e dão um ar diferente. Quando meus filhos eram pequenos fazíamos dinâmicas como vesti-los de anjos e eles traziam o menino Jesus até a manjedoura e até hoje, fazemos sempre alguma coisa nova para comemorar esse momento tão importante para nós”, relata.
Com toda a certeza, o natal na casa dos petropolitanos promete ser animado, com lembranças, partilha, abraços e reencontros. Serão momentos de paz e harmonia, que vão ficar eternizados para toda a história. Independente de qual seja a forma de comemorar, a união entre irmãos, pais e filhos, é o que dá mais cor a uma data tão especial, celebrada igualmente por todos.