Celular, aplicativos e educação

17/08/2017 12:00

 Observar o cotidiano educacional, tanto em escolas públicas como privadas, tem sido assunto de minha predileção, principalmente quando o “banquete” de experiências didáticas e pedagógicas que vem sendo servido por alunos e professores do Ensino Médio.

Desde alguns anos passados defendemos em projeto e publicações o processo de descriminalização quanto à utilização do celular em sala de aula de modo consciente, embate que tornou-se predominante e visível no interior das escolas do país, principalmente em seus corredores e salas de professores s partir de uma legislação. Esta discussão evoluiu principalmente pela presença de aplicativos que por seu lado trabalham o relacionamento social e contato entre os indivíduos, ganhando destaque nos últimos anos no seio docente e discente.

Fato que excetuando a turma tradicionalista docente, que afirma ser o celular uma “praga”, o aplicativo ganhou lugar de honra na tessitura do conhecimento pedagógico em rede, ajudando de forma invisível o fortalecimento do ensino para grupos interessados na evolução da educação.

Este poderoso aplicativo tem provocado a superação da fragmentação pedagógica que por vezes somente o tempo de aula torna-se insuficiente para a compreensão do contexto didático-pedagógico. Este procedimento estreitou por demais a relação pedagógica entre alunos e professores, quanto ao auxílio entre os próprios até então impossível no têtê-à-tête ou vítima do preconceituoso bullying entre os próprios alunos em sala de aula, realizando o que parecia impossível ou imprevisível uma inserção social fora da sala de aula.

O fator mais importante é o de observar que os professores “tradicionais”, com o tempo passaram a aderir em seu cotidiano familiar aos aplicativos, mas ainda tornam-se arredios quanto a compor grupos com seus próprios alunos, porém regras são importantes para todos que destes grupos participam, preciosas e de rígida composição para os próprios alunos que sabem dela depender para vislumbrar dados importantíssimos que podem compor sua matéria para provas, testes ou trabalhos práticos ou de pesquisa. E porque não? O professor está (ali) próximo ao seu contato tanto em grupo como privado se quiser.

Como não poderia deixar de ser, os aplicativos de rede e mensagem seguem ganhando adeptos e deixando para o passado as sisudas composições que trabalhosamente seguiam por e-mail aguardando tempo para resposta. O que ainda falta é consciência de limites e de bom senso entre os membros, fator que se prende a educação de base.

Quanto ao ensino fundamental, esta é outra história.

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