Cemitério: intervenção de quase R$ 1 milhão vai apenas remediar

13/ago 04:13

Lembra que revelamos que a prefeitura contratou uma empresa para a retirada de restos mortais do cemitério? Então, vai custar R$ 650 mil. A prefeitura vai fazer a retirada do que restou dos corpos da quadra 15, que desabou em março do ano passado, e aproveitou para estender o serviço para mexer também na quadra 9, que desabou em 2015! Mas o gasto para colocar o local em ordem vai ser maior. A prefeitura fez outro contrato emergencial com a Serpav para a retirada dos escombros, a um custo de R$ 277 mil. A soma é de R$ 957 mil e, ainda assim, não resolve todo o problema do espaço. Até mesmo um olhar leigo identifica pontos em que podem ocorrer mais desabamentos por conta das erosões do solo.

Eu te disse

O lixo começa a dar sinais de que vai se tornar um problema bola de neve se não houver uma intervenção séria na questão. Na verdade, é uma crise que a própria prefeitura criou ao tentar fazer novas licitações de uma forma meio estranha, querendo apenas alugar caminhões e tocar a coleta com mão de obra própria. Podia até parecer economia, mas com apetrechos a mais e cálculos de coleta também jogando para cima, ficaria tudo por R$ 19,3 milhões a cada seis meses.

Vejam esse cenário em Itaipava em uma das vias de acesso entre a BR-040 e a União e Indústria com essa quantidade de lixo sendo revirada por urubus. Dava para sentir o cheiro lá da rotatória onde a via fica próxima.

Por toda a parte

Vejam que não é só por aqui que há desvio de funções nas empresas e autarquias. A Comdep, uma empresa de economia mista controlada pela prefeitura, que deveria cuidar da limpeza urbana, coloca asfalto e até reforma escolas. No Estado, o Instituto de Terras do Estado (Iterj), cuja especialidade é a regularização fundiária, agora licita até capina e também faz obras em áreas de lazer.

Ficção

Uma dúvida atroz acomete os usuários de ônibus, e os Partisans fazem parte deste público: se os ônibus da PetroIta são aquilo que a gente já sabe, como recebem um selo de aprovação 2024 dado pela CPTrans (que fica no para-brisa dos veículos)?

Vê isso aí, gente

Vereadores promulgaram uma lei que obriga a prefeitura a disponibilizar ao público, via internet, as imagens das câmeras do Centro Integrado de Monitoramento e Operações de Petrópolis em casos de emergência durante chuvas. Mas será que isso realmente funcionará? Na chuva de 2022, as imagens foram cedidas em tempo real apenas na semana seguinte aos primeiros dias da tragédia, mas, na época, a gente teve a impressão de que elas focavam o lado oposto ao que deveriam…

Ninguém dorme mais

Em alguns bairros da cidade, o povo está improvisando até blackout nas janelas para conseguir dormir, tal é a potência das lâmpadas de LED colocadas de forma desenfreada, sobretudo em 2024, ano eleitoral. Em outros locais, o breu ainda continua.

E os abrigos

Falando em LED, é lei que todos os abrigos de ônibus sejam iluminados por uma questão de segurança. Mas poucas unidades já têm essa ou alguma luz.

Bromélias, que são parasitas de várias espécies de árvores, despencaram dessas que ficam na Praça Dom Pedro, no domingo e, por sorte, não atingiram ninguém. E olha que foi com aquela chuva de sábado, forte, mas nem tanto assim. Quando chover pra valer… Mauro Corrêa clicou para a gente.

Contagem

Petrópolis está há 1 ano e 94 dias sem os 100% da frota de ônibus nas ruas depois do incêndio na garagem das empresas.

Como assim?

Um portal que não tem atas atualizadas dos conselhos, o Diário Oficial é publicado quando dá na telha e faltam contratos, só citando alguns itens. E a prefeitura foi agraciada com a certificação de ouro do Programa Nacional de Transparência Pública 2024, realizado pela Associação dos Membros dos Tribunais de Contas do Brasil. O índice de transparência do site da prefeitura foi de 88,77%, como ela própria divulgou. Mas, ficamos curiosos e fomos lá olhar esse painel da Associação e a premiação e não achamos esse triplo twist carpado.

Contatos com a coluna: lespartisans@tribunadepetropolis.com.br

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