Chuvas constantes causam mais deslizamentos

22/01/2016 08:00

A chuva ainda atinge as áreas já fragilizadas pelos deslizamentos e alagamentos que acontecem desde a última sexta-feira na área dos distritos da cidade. Para atender às regiões mais atingidas, a Defesa Civil montou uma base de operações e atendimento na Escola Municipal Monsenhor João de Deus Rodrigues, que fica às margens da BR-040, no distrito de Pedro do Rio. Mais de 400 homens da Companhia Municipal de Desenvolvimento de Petrópolis (Comdep) estão mobilizados junto com todas as secretarias do governo municipal como Obras, CPTrans e Assistência Social para atender à população e aos chamados de ocorrências provocadas pela chuva. Até o fim da tarde de ontem, o órgão já havia registrado mais de 790 chamados, sendo mais de 600 deslizamentos de terra em apenas uma semana. Pedro do Rio foi escolhido como ponto principal da base devido à concentração de ocorrências mais graves na região. “Nós escolhemos o 4º distrito porque, além de ter um grande registro de chamados aqui nessa área, estamos num local que nos permite ter fácil e rápido acesso às outras regiões atingidas, como Secretário (que pertence a Pedro do Rio), Posse, que teve muitas regiões atingidas, como o bairro Nossa Senhora de Fátima, e também à região de Itaipava, incluindo Madame Machado, Santa Mônica, Lajinha, entre outros bairros”, disse o tenente-coronel Rafael Simão, secretário de Proteção e Defesa Civil da cidade. Na base em Pedro do Rio,a Secretaria de Trabalho, Assistência Social e Cidadania (Setrac) realiza o cadastro social das famílias atingidas pelas chuvas dos últimos dias para que cada caso seja analisado e receba a assistência necessária. No local, a população também pode solicitar vistorias da Defesa Civil no caso de não conseguir telefonar para o 199 e solicitar da Comdep limpeza de vias. Segundo Simão, o órgão trabalha além das vistorias e ações de interdição. “Estamos fazendo aqui no nosso posto os relatórios e toda a parte de inteligência, que deve ser cumprida numa cidade que decreta situação de emergência, como foi feito pelo nosso prefeito. Precisamos reunir tudo para detalhar e divulgar o tamanho, as dimensões desses estragos provocados pela chuva na nossa cidade”, completou o coronel. O prefeito Rubens Bomtempo contou à equipe da Tribuna que o mais importante é priorizar as ações emergenciais. “Nós estamos trabalhando para liberar os acessos e garantir a segurança dos moradores dessas áreas. Vamos trabalhar na prevenção, assim como já estávamos trabalhando. Mas é importante mais do que nunca a gente mobilizar todas as forças para garantir que esses moradores estejam em total segurança. Ninguém deve sair prejudicado”, disse o prefeito. 

Rua cai sobre quintal de casa em Itaipava 

A arte da Alameda da Aclimação, no bairro da Lajinha, em Itaipava, caiu sobre o quintal de uma casa, destruindo a parte externa do imóvel, chegando até a piscina. Ninguém se feriu. A via, que já estava interditada hoje, foi totalmente isolada devido ao risco de novos deslizamentos. Uma nova barreira para escoamento de água foi feita, depois que o local onde o último desvio havia sido construído também desabou, no início da semana. Na parte debaixo da via, um muro, da mesma residência, caiu sobre a rua, interditando totalmente o trânsito. A passagem na parte debaixo só foi liberada hoje de manhã. Desde sexta-feira os moradores estavam ilhados, sem poder tirar seus carros da garagem. “Não passava carro, moto nem bicicleta. Sabemos que a cidade tem outras prioridades, de pessoas que perderam suas casas, mas precisamos estar preparados porque novos deslizamentos podem acontecer e é preciso que todos estejam atentos. Tem que ter gente para atender a toda a nossa cidade. Demos sorte que ninguém passou mal e precisou sair de casa até hoje”, contou Antônio Carlos Pacheco, jardineiro, que precisou pular por cima do barranco para comprar comida e água durante todos esses dias em que ficou sem poder sair de casa. Ainda existem moradores isolados – Moradores.Na parte debaixo da via, um muro, da mesma residência, caiu sobre a rua, interditando totalmente o trânsito. A passagem na parte debaixo só foi liberada hoje de manhã. Desde sexta-feira os moradores estavam ilhados, sem poder tirar seus carros da garagem. “Não passava carro, moto nem bicicleta. Sabemos que a cidade tem outras prioridades, de pessoas que perderam suas casas, mas precisamos estar preparados porque novos deslizamentos podem acontecer e é preciso que todos estejam atentos. Tem que ter gente para atender a toda a nossa cidade. Demos sorte que ninguém passou mal e precisou sair de casa até hoje”, contou Antônio Carlos Pacheco, jardineiro, que precisou pular por cima do barranco para comprar comida e água durante todos esses dias em que ficou sem poder sair de casa. 

Ainda existem moradores isolados 

Moradores da divisa da Estrada José Joaquim Ferreira (Paiolinho) com a Estrada do Taquaril, em Pedro do Rio, estão sem poder sair de casa desde sexta-feira. O caseiro Savio Inácio, de 46 anos, está há seis dias sem energia elétrica e andou quase dez quilômetros a pé, sendo cinco deles em meio a barreiras e postes pendurados para poder comprar comida. “Estamos sem luz e só tem como sair de lá a pé. Tem dezenas de moradores desde o Paiolinho até o Taquaril que estão nessa situação. São, pelo menos, seis grandes barreiras que impedem a passagem de carro e moto, não permitindo que o socorro chegue ao local”, disse. Enquanto a Tribuna conversava com Sávio, o prefeito da cidade foi até o local e se comprometeu a buscar uma solução para esses moradores. “Nós vamos conseguir chegar lá, se Deus quiser, e permitir que vocês voltem a ter acesso à estrada”, confirmou Bomtempo, que percorreu todo o trecho da via numa caminhonete com tração nas quatro rodas. 

Vias interrompidas 

Por conta de deslizamentos em vias públicas, há linhas municipais de ônibus sem operação: Cândido Portinari (103); Rua das Pedras – Santa Isabel (470); e Santo Antônio – Posse (717). Já linha Posse dos Coqueiros – Fagundes (707) opera por meio de baldeação. As linhas com alteração de itinerário e ponto final são: Barão de Águas Claras (112); Roseiral (516); e a Albertos-Jurity. Alerta até domingo – cidade está em situação de emergência devido à quantidade de ocorrências e à previsão de mais acumulado significativo de chuvas até domingo O índice pluviométrico mais alto registrado nas últimas horas foi no bairro 24 de Maio, onde choveu 80 milímetros ontem. A Defesa Civil opera em estado de atenção. O tenente-coronel Rafael Simão explicou o motivo pelo qual a chuva ainda preocupa “Nós estamos acompanhando toda a movimentação dessa massa de ar úmido e temos visto que as chuvas que caem sobre nossa região deve persistir até, pelo menos, o domingo”, comentou.

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