Ciclone Sitrang deixa ao menos 28 mortos em Bangladesh

26/10/2022 12:23
Por Redação / Estadão

Ao menos 28 pessoas morreram e outras quatro estão desaparecidas após a passagem do ciclone Sitrang por Bangladesh, onde milhões de moradores estão sem energia elétrica, indicaram as autoridades nesta quarta-feira, 26. Mergulhadores do serviço de bombeiros encontraram os corpos de quatro tripulantes de um navio draga que virou no Golfo de Bengala.

A tempestade atingiu a costa na noite de segunda-feira (24) no sul do país. As autoridades conseguiram organizar a transferência para abrigos de cerca de um milhão de pessoas antes de sua chegada. “Encontramos um corpo na terça-feira à noite e outros três pela manhã (quarta-feira). Quatro tripulantes ainda estão desaparecidos”, disse à agência AFP Abdullah Pasha, do Corpo de Bombeiros.

Além disso, quase cinco milhões de pessoas ficaram sem eletricidade nesta quarta-feira, disse Debashish Chakrabarty, chefe do Escritório de Eletrificação Rural.

De acordo com o governo, cerca de 10.000 casas antigas com telhados de metal foram “destruídas ou danificadas” e os campos foram devastados em grandes extensões agrícolas. Quase meio milhão de pessoas que foram retiradas de regiões de baixa altitude agora podem voltar para casa.

Os ventos arrancaram árvores até na capital Dacca, a centenas de quilômetros do centro do ciclone. A cidade também foi afetada pelo dilúvio de segunda-feira.

Cerca de 33.000 refugiados rohingyas na ilha de Bhashan Char, no Golfo de Bengala e muito exposta às tempestades, receberam a ordem de não sair. As autoridades afirmaram que não houve vítimas nem danos.

Bangladesh, com cerca de 170 milhões de habitantes, está entre os países mais afetados por eventos climáticos extremos desde o início do século, segundo a ONU. No entanto, os procedimentos de retirada nessas áreas também melhoraram graças a previsões meteorológicas mais precisas. Em 2020, a tempestade Amphan, o segundo “super ciclone” já registrado no Golfo de Bengala, deixou mais de 100 mortos em Bangladesh e na Índia – além de milhões de afetados. (Com agências internacionais).

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