Ciência não tem “achismo”

No mundo acadêmico, na Medicina e na Fisiologia que inclui do Exercício, não tem lugar para “achismo”. “Eu acho isso, eu acho aquilo”. Quem acha, não sabe! Não tem certeza! Claro, é preciso separar a opinião calcada em experiência, do “achismo”. Opinião é formada, discutida por grupos de pessoas que compartilham experiências semelhantes. Hoje, com o avanço da tecnologia, tem gente “achando” demais e estudando de menos.

Tem “achismo” demais. No nosso mundo da corrida de rua discordar é valido e até necessário para a evolução, desde que baseado em literatura x experiência prática. Muitas vezes a teoria não reflete a prática e a prática não reflete a teoria. As ideias vão evoluindo pela soma das experiências. Quantos treinamentos no passado eram o que todos faziam e hoje são condenados?

A certeza de hoje, amanhã pode não valer mais nada. A dúvida de hoje já foi a certeza de ontem. Sempre digo isso aqui. O melhor treino é o que dá certo. Se dá certo, não tem porque mudar. Só tem que estar calcado em alguma teoria e/ou opinião fundamentada, não em “achismo”. Hoje fico com Albert Einstein. “Mais cedo ou mais tarde, a teoria acaba assassinada pela experiência”. Fico por aqui.

**Literatura Sugerida: 1) Robergs, Robert A. – Princípios Fundamentais de Fisiologia do Exercício: para aptidão, Desempenho a Saúde / São Paulo: Phorte Editora, 2002. 2) Newsholme et al. Corrida: Ciência do Treinamento e Desempenho. Editora Phorte, São Paulo, 2006.