Cinco casas foram atingidas pelo desplacamento de rochas na Posse

23/12/2023 18:41
Por Antônio Reuther

Na tarde deste sábado (23), a Defesa Civil do município emitiu uma nota referente ao desplacamento de rochas ocorrido na parte da manhã, na Rua Noêmia Rattes, na Posse. De acordo com a pasta, equipes de pronto atendimento e técnicos permanecem no local, monitorando o incidente.

Segundo a secretaria, após a avaliação inicial realizada pelos técnicos, constatou-se que cinco imóveis, já previamente interditados, foram afetados, mas ninguém se feriu. Além disso, três vias próximas também foram interditadas por medida de segurança.

Os moradores foram orientados a evacuar suas residências, contando com o apoio da equipe da Secretaria de Assistência Social, que também está no local auxiliando as famílias. Estas foram encaminhadas para casas de parentes e amigos.

Como medida preventiva, a Defesa Civil ressalta que as próximas ações incluirão uma avaliação geológica para compreender a extensão dos riscos.

O incidente

Na manhã deste sábado (23), um novo deslizamento de pedras foi registrado na região do Ingá, na Posse, assustando os moradores da localidade. O Corpo de Bombeiros foi acionado por volta das 8h40, na Avenida Noêmia Alves Rattes.

A Enel informou que o deslizamento danificou a rede de distribuição na região, causando interrupção no fornecimento de energia para alguns clientes. Ainda de acordo com a concessionária, equipes da distribuidora estiveram no local avaliando os riscos, para garantir a segurança dos trabalhos necessários para normalizar o serviço.

Outros deslizamentos já foram registrados na região

Não é de hoje que moradores relatam deslizamentos de pedras na localidade. Em janeiro de 2019, seis casas foram atingidas por grandes rochas que deslizaram de uma pedreira, deixando 41 famílias desabrigadas. Toda a Estrada da Pedreira foi interditada, e também as casas da Rua Manoel de Oliveira Pinho, que fica na parte de baixo da rua.

Na ocasião, técnicos do Departamento de Recursos Minerais do Estado do Rio de Janeiro (DRM-RJ) emitiram uma nota técnica recomendando a manutenção da interdição das moradias atingidas. O documento também ressaltava que “a queda de blocos rochosos do maciço é um processo natural inerente à evolução geomorfológica.” Os geólogos apontaram que “trata-se de um processo natural contínuo, sendo a área em questão suscetível a novas quedas e deslizamentos de rocha.”

No ano passado, também em janeiro, um deslizamento mobilizou equipes da Defesa Civil, onde o rolamento aconteceu próximo à quatro residências. Na época, as famílias se deslocaram para a casa de familiares e a área foi isolada.

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