Coleta do IPCA em Porto Alegre já foi normalizada, afirma gerente do IBGE

10/jul 13:03
Por Daniela Amorim / Estadão

A coleta de preços na região metropolitana de Porto Alegre para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) encerrou o mês de junho normalizada, após um período de intensificação da modalidade remota em função do desastre climático no Rio Grande do Sul, informou André Almeida, gerente do Sistema Nacional de Índices de Preços do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A inflação oficial do País, medida pelo IPCA, é decorrente de apurações de preços em 16 municípios ou regiões metropolitanas. A região metropolitana de Porto Alegre responde por um peso de 8,61% na formação da taxa do IPCA.

“De maneira geral, a gente tem um porcentual coletado na modalidade remota situando-se em 15% a 20%. Em maio, a gente teve que intensificar essa modalidade de coleta em função da calamidade no estado”, lembrou Almeida.

Em maio, 65% da coleta de preços na região metropolitana de Porto Alegre foi feita remotamente, fatia que desceu a 30% em junho.

“Em junho, a gente teve normalização da coleta. Nas duas primeiras semanas de junho, a gente teve a coleta remota ainda intensificada, situando-se em torno de 40% na primeira quinzena de junho, e normalizando na segunda quinzena. A coleta na região metropolitana de Porto Alegre está totalmente normalizada”, afirmou Almeida.

A variação de preços na região metropolitana de Porto Alegre passou de uma alta de 0,87% em maio para uma deflação de 0,14% em junho. Em junho, houve recuos na região na passagem aérea (-9,62%), no gás de botijão (-5,02%) e nos alimentos para consumo no domicílio (-0,88%).

Em maio, os preços da alimentação no domicílio tinham aumentado 3,64% em Porto Alegre, influenciados pela situação de calamidade na região, apontou Almeida.

“Ou seja, os preços continuam mais altos do que antes da situação de calamidade, porém, houve uma leve correção dos preços. Houve uma alta de 2,73% na alimentação no domicílio nesses dois meses em Porto Alegre”, explicou o pesquisador, referindo-se aos preços praticados em junho ante o patamar de abril.

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