“Coletiva” pode disputar a eleição para prefeito em 2024

08/10/2023 04:08

O que anda rolando nos bastidores é uma espécie de ‘coletiva’ para eleição para prefeito em 2024. Funciona assim: um grupo que tem um ‘projeto’ para a cidade se reúne e soma forças para eleger o prefeito. Neste caso, o candidato vai ser um deles a sentar na cadeira de prefeito, mas com a garantia que os outros vão ter voz no governo. Funcionaria como hoje é uma candidatura coletiva para o legislativo com várias pessoas sendo ‘candidatas’, mas apenas uma com nome na urna e assumindo o cargo se eleita.

Não rola, gente

Na verdade, a coletiva majoritária é uma variação do que sempre existiu. Um candidato mais ‘forte’, se une a outros, medianos, mas com algum capital político e se elege e os outros ocupam cargos de secretários. Mais velho que andar pra frente. Ocorre que este ano tem gente acreditando que vá mesmo existir uma ‘coletiva’ e que todos, depois, terão voz.  Um conselho dos mais experientes: não dura três meses.

Já falamos aqui, mas agora vamos lançar oficialmente o desafio Washington Reis: vamos premiar o político que fizer como o colega de Caxias que há 32 anos recebe os cidadãos todos os sábados de manhã, a partir das 7h, na sua casa. Espia como fica a casa do homem.

‘Descasamento’

E acendeu o alerta vermelho no Estado. Deputados da Comissão de Orçamento da Alerj, analisando as finanças fluminenses do segundo quadrimestre de 2023, classificaram como um “descasamento” entre despesas e receitas, coisa em torno de R$ 9,2 bilhões.  Trocando em miúdos teve queda de R$ 4 bilhões na receita em comparação com o ano anterior e um aumento de R$ 5,2 bilhões nas despesas. Uma conta que não fecha. Segundo os deputados, o estado vira o ano com os pagamentos e o 13º em dia. Contudo, no horizonte de três anos, se essa situação continuar, corre esse risco.  Lembra que há uns meses a gente falou que o governo estadual contingenciou pelo menos R$ 5 bilhões já sabendo que caminharia para isso? Então…

Números divorciados

Isso foi levantado em uma audiência pública tal como acontece em Petrópolis entre governo e vereadores. E pensa se algum aqui quis saber de perguntar algo parecido? Agora imaginem que se tudo parou porque a prefeitura deixou de receber ICMS a mais em determinado período por conta de pendenga judicial, como anda esse descompasso por aqui. Nem é descasamento. Aqui é divórcio litigioso entre receita e despesa.

Contagem

E Petrópolis está há 151 dias sem os 100% da frota de ônibus nas ruas depois do incêndio na garagem das empresas.

UTIs ainda sem solução

Como você conferiu aqui nas páginas de Cidade da Tribuna, a prefeitura suspendeu sine die (sem nova data definida) por questões administrativas, licitação para contratar 20 leitos de Unidade de Terapia Intensiva para adultos na rede privada, com um custo estimado de R$ 18 milhões. Já foram cinco tentativas desde 2020 – começou com apenas 12 leitos – e cada hora é um insucesso por motivo diferente. Ou seja, a tentativa de contratar leitos passou por três gestões: Rossi, Hingo Hammes (este apenas um ano) e agora Bomtempo.  E a gente arrisca dizer que não estavam com vontade dos certames darem certo.

Número ideal

Uma das justificativas da prefeitura para aumentar para 20 o número de UTIs é que a população a ser atendida, somando os moradores daqui e de outras cidades, chega a 315.120 pessoas. E aí a gente fica pensando: para toda essa quantidade, os 74 leitos de UTI disponíveis hoje na cidade, entre públicos e particulares, são suficientes? De acordo com a Organização Mundial da Saúde, o indicativo seria de três leitos para cada 10 mil pessoas e um total de 96 leitos que seria a quantidade adequada para Petrópolis.

Hoje, às 12h, a Livraria Nobel Petrópolis, na Rua 16 de Março, abre as portas para uma linda contação de história com a psicóloga e autora do livro “Miudinha de medo”, Regina Nascimento Resende, acompanhada dos ilustradores Clara Assis e João Marcos Nascimento.

Desagravo

Com muitas menções às mulheres do partido, a posse dos novos membros da comissão executiva do PSD Petrópolis, na sexta à noite, foi uma espécie de desagravo à vereadora Gilda Beatriz e à presidente da legenda,  Rosângela Stumf. Gilda renunciou ao cargo de primeira secretária da mesa diretora na quarta-feira acusando o presidente da casa e também membro do PSD, Junior Coruja, de violência de gênero. Gilda se diz discriminada e alijada de decisões e processos do legislativo por ser mulher e uma das queixas é justamente ter sido impedida de nomear Rosângela como assessora, uma prerrogativa de sua função como primeira secretária.

Candidato próprio

O deputado federal licenciado e secretário estadual de Energia e Gás, Hugo Leal, confirmou a meta do PSD ter candidato a prefeito em 2024. Estava acompanhado do deputado estadual Sérgio Fernandes e outros nomes da legenda no estado. Além de enfatizarem a participação feminina na política, falaram em união e não apenas interna, deixaram nas entrelinhas. Junior Coruja não apareceu.

Contatos com a coluna: lespartisans@tribunadepetropolis.com.br

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