Coligação pede cassação do registro de Rossi por abuso de poder econômico
A coligação Unidos por Petrópolis, formada pelos partidos PSB/REDE/PCdoB/PR/SD/PSD/PTN/PTdoB/PRB, formada para apoiar a candidatura de Rubens Bomtempo a prefeito, entrou com ação na Justiça Eleitoral, na tarde de terça-feira, pedindo a cassação do registro do prefeito eleito Bernardo Rossi e do vice Albano Filho, por abuso de poder econômico e uso abusivo de meios de comunicação. O pedido tem por base a compra e distribuição de 15 mil exemplares do jornal “O Dia” com matéria sobre decisão judicial que bloqueou contas bancárias do então candidato à reeleição Rubens Bomtempo, junto com material de campanha de Rossi.
A coligação Petrópolis no Coração, que apoiou Bernardo Rossi, disse que não foi notificada da ação, mas lamenta que o governo eleito, neste período de transição, com crise anunciada e caos financeiro instalado, não esteja recebendo o apoio do atual governo, que reluta em reconhecer o resultado das urnas, que instalou uma nova gestão que a cidade precisa e que escolheu legitimamente pelo voto.
Rosangela Stumpf, presidente da coligação de Rubens Bomtempo, disse que as provas apresentadas sobre abuso de poder econômico foram produzidas pela própria Justiça Eleitoral, por meio da fiscalização eleitoral, que apreendeu fardos do jornal, tablets que eram usados numa suposta pesquisa, além do depoimento das pessoas pegas pelos fiscais. A ação é assinada pelo escritório Carneiros Advogados, que nomeia diversas pessoas que sejam chamadas pela Justiça Eleitoral para que prestem depoimento.
Em documento encaminhado à Justiça Eleitoral, o jornal “O Dia” informa que os 15 mil exemplares foram encomendados por Ronaldo Medeiros por telefone e que o pagamento seria feito por meio de boleto bancário. Além disso, diversas pessoas foram apreendidas pelos fiscais eleitorais confirmando que receberam os exemplares do jornal de assessores do então candidato do PMDB.
A distribuição gratuita do jornal, que na banca custa R$ 1,50, foi realizada dez dias antes do pleito do segundo turno. Para os advogados, foi uma tentativa de “manipular a vontade dos eleitores petropolitanos a partir do uso indevido dos meios de comunicação e do seu alto poder econômico ao comprar e distribuir gratuitamente cerca de quinze mil exemplares do jornal, contendo reportagem desfavorável ao candidato Rubens Bomtempo”, citando, inclusive, o uso dos meios de comunicação para causar o desequilíbrio eleitoral.