Com 47 mil vivendo em áreas de risco, Petrópolis não tem política habitacional

19/09/2021 03:23

O déficit hoje em Petrópolis é de 12 mil casas, com 47 mil pessoas residindo em áreas de risco. De recursos próprios, o orçamento para 2022, esse já feito pela gestão interina de Hingo Hammes, não previu um real para o setor de habitação. Ou seja, continuaremos dependentes do governo do Estado ou da União em construírem unidades habitacionais em Petrópolis.  O Centro de Defesa dos Direitos Humanos já apelou para que a Câmara de Vereadores apresente emendas e preveja verba para a habitação popular.

Vicenzo Rivetti

E essa semana ainda teve o episódio do Vicenzo Rivetti quando Rafael Miranda, representante da empresa de consultoria em gestão condominial, em audiência pública na Câmara de Vereadores, falou sobre o risco de explosão em virtude de vazamento de gás. Depois de décadas sem uma política habitacional foi a primeira vez que se investiu, ainda que com recursos federais, em um condomínio com 776 unidades, o primeiro Minha Casa Minha Vida faixa 1 em Petrópolis. O que se esperava era qualidade na obra e segurança para os moradores.

450 no aluguel social

Também na audiência pública na Câmara dos Vereadores sobre moradia popular foi lembrado que hoje 450 famílias ainda dependem de aluguel social aguardando construção de casas fora de área de risco. Soma-se a este número mais 24 famílias que ainda aguardam o programa Somando Forças – do governo Pezão! – acabar de construir apartamentos no conjunto da Posse.

Demora

Nos sentimos na obrigação de ajudar nossos queridos vereadores na questão do Vicenzo Rivetti e a entrega “antecipada” pela gestão passada. O conjunto levou três anos e meio para ficar pronto.  Foi erguido até rápido, mas depois passou dois anos com obras praticamente suspensas porque não tinham iniciado a instalação nem de creche nem de posto de saúde.  

Apartamentos vazios

O mais estranho é que mesmo com famílias aguardando em aluguel social desde 2005 existam ainda  – nas contas do pessoal do movimento Moradia Popular – pelo menos 90 apartamentos vazios no Vicenzo Rivetti , não se sabe se faltando acabamentos.  E neste momento só mesmo se o Ministério Público iniciar uma apuração porque o Vicenzo tai desde a legislatura passada e até hoje a Câmara de Vereadores não apresentou um levantamento que mostre a realidade do conjunto e o que deve ser feito.

E teve representante de Petrópolis na inauguração da exposição “Occupazione Italia”, no Centro Cultural dos Correios, no Rio. Nesta foto especial para os Partisans estão o administrador do grupo Italianos em Petrópolis, Alexandre Felizola; o cônsul geral da Itália, Paolo Miraglia e o presidente da Câmara Ítalo-Brasileira de Comércio e Indústria, Rodolfo Teichner.

Transporte escolar

A portaria da CPTrans é de 09 de agosto, mas só agora publicada… Mas, enfim, vamos a ela: limita o transporte escolar em 70% de sua capacidade além dos veículos andarem de janelas abertas, medir temperatura, ter álcool em gel e tudo o que a gente já sabe em prevenção. Dureza é ter movimento de crianças porque, afinal, contratar van para levar os pequenos para apenas duas horinhas e aula presencial os pais não querem, não…

Contagem         

Petrópolis está há 260 dias sem prefeito eleito pelo povo.

Tudo igual

A denúncia é do vereador Mauro Peralta que foi dar uma incerta no Hospital Nelson de Sá Earp, no setor de ortopedia: “falta cadeira de rodas para locomover os pacientes”. Ué? Mas depois de nove meses tá tudo igual?

Chaves entregues

A prefeitura publicou em Diário Oficial a devolução do imóvel, nos fundos do Colégio Santa Isabel, para a Mitra Diocesana. É lá que funciona a Escola Santa Luiza de Marilac. A mudança da unidade começou a ser ventilada em 2019, mas no último ano de gestão Bernardo Rossi conseguiu adiar. Agora o prédio vai ser entregue dia 31 de dezembro. Uma das soluções é trazer a escola para a Avenida Koeler onde funcionava a Secretaria de Meio Ambiente e, onde, antes, funcionava o Centro de Referência em Educação Inclusiva.

Xiii!

Tá dando um ruim na licitação para mais seis meses de cartão Merenda Certa, coisa boba de R$ 17 milhões. A atual empresa que opera o cartão apresentou recurso contra a que foi classificada.

Tá osso!

E o gás de cozinha já é vendido a R$ 105 em Petrópolis…

Mas, gente…

O vereador Mauro Peralta, médico, recebeu o telefonema de um ex-vereador, da legislatura passada, pedindo ajuda: está desde janeiro na fila de regulação esperando uma consulta. Imagina se tá ruim até para quem foi vereador…

Petrópolis está na final do 1º Concurso Estadual de Samba de Terreiro que acontece quarta-feira com júri especializado. No representam lá o médico petropolitano e sambista de carteirinha Arnaldo Rippel com o carioca Franco Cava. A obra de Rippel e Cava, “Cidade Terreiro”, é interpretada por Tuninho Jr. Aqui nossos compositores quando foram premiados num concurso anterior, também de samba de terreiro, na Portela.

Contatos com a coluna: lespartisans@tribunadepetropolis.com.br

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