Com cerca de 50% da população vacinada, EUA flexibilizam isolamento

29/05/2021 22:42
Por Elisa Calmon / Estadão

Os Estados Unidos aplicaram 293,7 milhões de vacinas contra covid-19 até este sábado, 29, segundo o Centro de Controle de Doenças e Prevenção (CDC, na sigla em inglês). Com isso, cerca de metade da população americana, mais de 167 milhões de pessoas, já recebeu ao menos a primeira dose, enquanto 134 milhões foram plenamente imunizadas. Em meio a esse avanço da vacinação, mais cidades e Estados do país estão flexibilizando as medidas de isolamento, informa a Associated Press.

A queda no número de casos também contribui para esse movimento de reabertura gradual. Neste sábado, por exemplo, o Departamento de Saúde Pública de Illinois relatou 802 novas infecções confirmadas e prováveis. O número é o segundo menor contabilizado em 24 horas nos últimos seis meses.

Diante do cenário mais favorável, autoridades de Massachusetts suspenderam, neste sábado, a exigência de máscara, seguindo o exemplo de Nova Jersey, que anunciou na sexta-feira medida semelhante. Na mesma linha, Nova York e Chicago reabriram as praias públicas.

Com essa soma de fatores, andamento da vacinação e queda de infecções, milhões de americanos planejam viajar durante esse fim de semana prolongado, antes do feriado do Memorial Day na próxima segunda-feira. Aeroportos americanos relataram seu maior tráfego desde o início da pandemia, informa ainda a AP.

Até o momento, os Estados Unidos contabilizam 33.251.524 casos de covid-19 e 594.302 mortes, segundo dados da Universidade Johns Hopkins.

América Latina

Enquanto isso, na América Latina, a Venezuela anunciou hoje a ampliação da campanha de vacinação para idosos, noticiou a AFP. O governo iniciou uma segunda fase que inclui pessoas com mais de 60 anos filiados ao “Carnet de la Patria”, documento de identidade criado pelo presidente Nicolás Maduro em 2017 para atribuir bônus e subsídios e que a oposição denuncia como mecanismo de controle social.

Embora todos os venezuelanos tenham carteira de identidade, nem todos estão cadastrados nesse sistema, que inclui 21 milhões de pessoas, segundo o partido no poder. Numa primeira fase, o governo vacinou trabalhadores da saúde, professores, forças de segurança e autoridades, incluindo Maduro. Médicos e enfermeiras, entretanto, relataram atrasos.

O país, com 30 milhões de habitantes, acumula cerca de 230 mil casos confirmados de coronavírus e aproximadamente 2,5 mil mortes, segundo dados oficiais. Os números são questionados por organizações como a Human Rights Watch que apontam uma elevada subnotificação.

Ainda no continente, a Colômbia quebrou o recorde do número de mortes em 24 horas neste sábado, chegando a 540 óbitos em decorrência da covid-19 em um dia. Os números são do Ministério da Saúde do país. De acordo com o relatório mais recente da entidade, há 87.747 vidas perdidas desde março de 2020, enquanto as infecções ultrapassam 3,3 milhões.

O país vive um pico da pandemia atribuído pelo o governo colombiano às constantes manifestações contra a gestão da economia e à violência policial, de acordo com a AFP. Desde 28 de abril, milhares de pessoas se reúnem nas maiores cidades colombianos para exigir uma mudança de rumo do governo conservador. (Com agências internacionais).

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