Com R$ 4 milhões de custos, dois anos e meio depois Palácio de Cristal e Theatro Dom Pedro seguem fechados

Olha, estão saindo caras – além de demoradas – as obras de revitalização do Theatro Dom Pedro e do Palácio de Cristal. O Theatro Dom Pedro iniciou a intervenção em agosto de 2019, na gestão Bernardo Rossi, ao custo de R$ 1,6 milhão. Na gestão interina de Hingo Hammes, já no finalzinho, em 1º de dezembro, foram acrescentados R$ 390 mil. Dois meses depois, em 08 de fevereiro, já agora no governo Bomtempo, foram colocados mais R$ 581 mil e extensão do prazo por mais um ano.  E o custo total já é de R$ 2,5 milhão. Não se sabe o que mudou em apenas dois meses para uma nova avaliação e injeção de mais recursos.

Mais verbas

Em dois anos em meio o valor da obra do Theatro aumentou 60% e a gente nem sabe quanto está concluído.  O mesmo ocorre com o Palácio de Cristal, que iniciou reforma em ao custo de R$ 923 mil no final de 2019. Porém, a empresa acabou abandonando o serviço e a segunda colocada na licitação reiniciou a obra em março de 2021.  Um novo aditivo foi assinado agora em fevereiro pelo prefeito Bomtempo, custo de R$ 257 mil. E uma nova licitação foi feita para acrescentar mais itens na reforma, custo de R$ 423 mil chegando a uma conta de R$ 1,5 milhão.  Ou seja, 65% a mais do que o previsto inicialmente. E isso tudo antes da enchente. Os dois espaços foram atingidos pela inundação e já não se sabe se vão precisar de mais obras. 

80 anos

O aniversário é de Maurício Memória, mas quem ganha presente somos nós. O artista plástico, idealizador do centro cultural Piccola Arena, vai comemorar seus 80 anos com visita guiada à exposição “Memória de Maurício”. Está marcado para o dia 19, às 16h.  Nesta visita haverá acompanhamento do violino de Diego Teixeira. Neste dia será anunciado a abertura do edital de ocupação da galeria para este e o próximo ano e tudo termina ainda com show da banda The Seven Teas.

Menos FPM

O presidente Jair Bolsonaro editou um decreto que reduz o Imposto sobre Produtos Industrializados em 25% para a maioria dos produtos. A Confederação Nacional de Municípios já relatou descontentamento com a decisão. De acordo com a entidade, a medida pegou os gestores municipais de surpresa, com perdas estimadas em aproximadamente R$ 5 bilhões.

Moeda social

E o prefeito Rubens Bomtempo anunciou que Petrópolis terá uma moeda social nos moldes da Mumbuca, de Maricá. Com a moeda, os beneficiados recebem créditos a serem usados no comércio local.  E aí ficamos pensando: qual poderia ser o nome para a moeda em Petrópolis?

Nomes

E aqui vão nossas singelas contribuições: Pedrão, em homenagem a Dom Pedro; Coroado, em homenagem aos índios coroados que aqui habitavam e ‘Vinida’, forma mais comum do petropolitano se referir ao Centro da cidade. Mas, bem que podia ser mais inusitada. A que a gente mais curte é a Gostoso, que vigora em São Miguel do Gostoso, no Rio Grande de Norte.

Dureza

Tá difícil a vida para o vice-prefeito Paulo Mustrangi. O Solidariedade – que esperava controlar a área cultural depois da posse de Bomtempo ficou a ver navios e que o desembarque de Mustrangi.  Mas será difícil ele ir se abrigar no PSB do prefeito que prefere reinar sozinho na legenda.  Tá faltando esquerda em Petrópolis para receber Mustrangi.

Prestação de contas

A prefeitura tem até quinta-feira para informar ao Ministério Público Federal o que recebeu e como gastou recursos destinados por várias esferas nesta tragédia das chuvas.  Era até o dia 7, mas a prefeitura pediu mais 10 dias de prazo.  Noves fora, as verbas beiram os R$ 40 milhões se for somado governo federal, Alerj, doação de pessoas físicas e empresas e a devolução de recursos da Câmara de Vereadores.

Transparência

A gente espera que além de informar ao MP, a prefeitura também dê publicidade no portal onde estão listados os recursos que chegaram. A gente precisa ver além. Não apenas o que chegou mas, principalmente, onde foi usado. Por enquanto só estão listados no referido site o que chegou.

Contatos com a coluna: lespartisans@tribunadepetropolis.com.br