Com rua parcialmente interditada, comunidade do Neylor está sem ônibus há seis meses

08/12/2019 12:00

A Rua Ferreira Barcellos, no Neylor, foi parcialmente interditada pela Defesa Civil em maio deste ano, após duas crateras terem se formado na rua, oferecendo risco para os moradores e impossibilitando a passagem de veículos pesados. O ônibus da linha 525 – Comunidade do Neylor, da Viação Cascatinha, teve o itinerário alterado por causa da interdição. Sete meses depois, sem previsão de obras para o trecho, nem o caminhão da coleta de lixo está atendendo o local. 

A Tribuna vem publicando as denúncias dos moradores da comunidade há meses. Em maio, a Prefeitura informou que a Secretaria de Obras iria vistoriar o trecho para verificar a situação e poder providenciar os reparos necessários. Em julho, ainda na mesma situação, a Prefeitura foi questionada e disse que a Secretaria de Obras fez o reparo de um ralo quebrado no local, que está protegido pela placa de metal para concluir a secagem do concreto. Além disso, a equipe de manutenção viária estava providenciando os materiais necessários para fazer uma mureta de proteção próximo ao ponto final do ônibus. Mas até agora, nada foi feito.

Sem passagem para veículos pesados, a coleta de lixo também está comprometida no local. Foto: Bruno Avellar/Tribuna de Petrópolis

“O buraco está alargando cada vez mais. A gente tem que descer uma ladeira muito perigosa, eu que já tenho 72 anos, para descer com chuva fico com medo. Pra subir com criança, bolsa pesada está muito difícil”, lamenta a moradora Luiza Gomes da Silva. Segundo ela, o temor dos moradores é que com as chuvas fortes de verão a rua ceda e atinja as casas da parte de baixo. 

Neste ano, a Defesa Civil iniciou o Programa Defesa Civil na sua casa, e a Comunidade do Neylor foi uma das localidades visitadas pelos técnicos, em agosto. A Prefeitura foi questionada se a Rua Ferreira Barcellos recebeu uma nova visita dos técnicos, mas não respondeu ao questionamento.

Sobre os buracos, os moradores colocaram uma placa de ferro para minimizar o risco de acidentes e possibilitar a passagem de carros de passeio. Segundo os moradores, além disso, todas as melhorias que tem sido feitas na comunidade tem sido promovida por iniciativa própria. 

“São os moradores que fazem mutirão para tapar os buracos e fazer a capina. Estamos isolados, mas quando chega janeiro os impostos chegam em dia. É quase 1km que a maioria das pessoas estão tendo que fazer a pé até a manobra do ônibus. Crianças, idosos, pessoas com muleta tem que passar por isso”, disse o comerciante Fabrício Henrique. 

Há cerca de duas semanas, nem o caminhão que faz a coleta de lixo está passando na rua. Lixo doméstico e entulho se misturam, atraindo roedores e insetos.  “O lixo está lá há mais de uma semana. O caminhão não passa mais porque ficou perigoso. Estamos abandonados há mais de seis meses”, lamenta Fabrício. 

Nesta semana, a vereadora Gilda Beatriz denunciou o descaso com a Comunidade na Câmara dos Vereadores. Segundo Gilda, em maio enviou um ofício a Prefeitura solicitando o recapeamento asfáltico de toda a rua, e até agora não teve resposta. A Viação Cascatinha, empresa de ônibus que atende a comunidade, disse que comunicou o problema aos órgãos responsáveis e continua aguardando a manutenção da rua para a normalização da operação na comunidade. 

A Prefeitura foi novamente questionada e disse que a Secretaria de Obras fez o reparo de um ralo quebrado no local e está providenciando uma licitação para definir uma empresa que fará um muro de contenção no local. Sobre a coleta de lixo, a Comdep não tem registro de interrupções no serviço na Comunidade do Neylor, mas vai verificar a informação sobre acúmulo de lixo no local. 

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