Com unidades fechadas, agências bancárias em funcionamento estão com superlotação

25/02/2022 15:47
Por Estela Siqueira, especial para a Tribuna

Com agências bancárias atingidas pelas chuvas em Petrópolis na terça-feira (15), principalmente no Centro Histórico e Alto da Serra, os pontos que reabriram estão com superlotação de clientes. Nesta sexta, na Paulo Barbosa, a única agência do Itaú funcionando no primeiro distrito, mais de 300 pessoas formavam duas filas. A aglomeração, com funcionários tentando conter clientes e dar informações, era verificada desde as 9h.

Lúcia dos Santos, diarista, estava na fila desde às 8h para efetuar um pagamento que havia tentando em uma lotérica no dia anterior, mas que não conseguiu por causa de um erro no boleto. “Vou desistir porque não tem como esperar mais. O jeito é pagar juros”, afirmou. Já o aposentado Manoel Lima, queria atendimento para um crédito consignado para ajudar um familiar e mesmo com mobilidade reduzida, iria esperar. “É o jeito”, se conformou.

Petrópolis tem 32 agências bancárias e a maioria está concentrada no Centro da cidade. Entre as com maior número unidades atingidas pelas chuvas a Caixa Econômica foi a que deu ‘ a resposta mais rápida em reestruturação’, segundo o Sindicato dos Bancários. As duas unidades do Centro estão funcionando e a CEF ainda trouxe uma unidade móvel que está atuando no Alto da Serra onde uma barreira ao lado da agência interrompeu o funcionamento no local.

Já o Banco do Brasil tem duas agências na Rua do Imperador ainda fora de funcionamento, porém a agência da Paulo Barbosa, um prédio de quatro andares, facilita o atendimento dos clientes. Outros bancos como Bradesco também estão com agências fechadas na Rua do Imperador e Praça Dom Pedro. A unidade aberta no Centro é a do shopping Pedro II, mas esta opera com movimento, mas sem filas gigantescas.

Outras redes como o Santander tiveram menos problemas porque as agências estão localizadas em áreas não atingidas pelas chuvas como nas ruas Barão do Amazonas e Marechal Deodoro.

A tragédia das chuvas comprometeu o funcionamento das agências e também o deslocamento de bancários para o trabalho. Nenhum óbito foi registrado entre os 600 bancários da cidade nem vigilantes e terceirizados, mas houve registro de parentes que morreram. O Sindicato dos Bancários pediu a Federação Nacional dos Bancos ajuda inclusive psicológica para a categoria.

“A instituição também acionou a Fenaban apelando por linhas de créditos para as empresas, um pleito já atendido pela Caixa e também pelo BNDES”, afirma o presidente do sindicato, Marcos Alvarenga. Ele afirma que a instituição segue apoiando os trabalhadores e fiscalizando as agências também em função da pandemia. “Precisamos lembrar que ainda não acabou”.

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