Comissão especial discute a transformação da atual subida em uma estrada parque

25/07/2016 10:25

O Grupo Paritário de Trabalho (GPT) que discute as questões sobre a construção da nova estrada, criou uma comissão especial para estudar a viabilidade da transformação da atual subida em uma Estrada parque. A comissão também vai analisar as alternativas de enquadramento, definir propostas sobre limites, a responsabilidade sobre a gestão e manutenção, bem como as fontes de recursos para a implementação das propostas. A preocupação é que após a inauguração da nova pista, a atual seja ocupada de forma irregular. 

A primeira reunião da comissão aconteceu no dia 16 de junho, na sede da Concer, sob a coordenação de Nilson Gonze, da Agência Nacional de Transpores Terrestres (ANTT), com a presença de representantes da Novamosanta, do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), do Instituto Chico Mendes (ICMBio), das prefeituras de Petrópolis e Duque de Caxias e, ainda, da Área de Proteção Ambiental (APA) de Petrópolis. 

Os diretores da Ong Novamosanta Jorge de Botton e Fernando Varella, fazem parte do GPT. Segundo Varella, existiam rumores de que a concessionária pretendia implantar mão dupla de tráfego na estrada, até o Belvedere. Esse assuntou levou os representantes a propor a formação dessa comissão especial para debater a viabilidade da criação de uma nova Unidade de Conservação e, simultaneamente, a implantação de uma estrada parque no mesmo trecho. O receio de ambos era de que, com a mão dupla, houvesse o risco de invasões de áreas próximas à Mata Atlântica. 

Para os diretores da Novamosanta, que também estão participando dessa comissão especial, é muito importante a proteção desse trecho cortado pelas estradas de subida e descida da Serra de Petrópolis. “Além da sua beleza natural, ele abriga importante flora e fauna, que tem de ser preservados. Se constitui ainda em um ativo ambiental importantíssimo para o município de Petrópolis e para o estado do Rio de Janeiro. Não é por outra razão que a Novamosanta defende a criação de uma nova unidade de conservação para a região, certamente um atrativo fundamental para o turismo”, disse Varella. 

Ele destacou ainda que a Ong vem mobilizando apoio a essa proposta junto à sociedade civil e entidades ambientais ligadas à Petrópolis. De acordo com Fernando, uma das primeiras instituições a se engajarem nessa mobilização foi o Inea. “O presidente Marcus Lima, já manifestou, publicamente, seu compromisso de defender o trecho de Mata Atlântica cortado pela estrada de acesso a Petrópolis”, afirmou. 


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