Commodities puxam a aceleração do IGP-DI em janeiro, afirma FGV
As cotações das commodities no atacado foram os principais responsáveis pela forte aceleração do Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) em janeiro, com avanço de 2,91% ante 0,76% no último mês de 2020. Por causa das matérias-primas brutas (alta de 7,29%, ante queda de 0,81% em dezembro) e dos bens intermediários (2,88%, ante 1,60% em dezembro), o IPA-DI acelerou a 3,92% no mês passado, depois de 0,68% no anterior.
Nas matérias-primas, contribuíram para o movimento de aceleração os seguintes itens: soja em grão (-12,72% em dezembro de 2020 para 6,49% em janeiro), milho em grão (-6,77% para 8,34%) e minério de ferro (13,32% para 16,69%).
Entre os bens intermediários, o principal vilão foi o subgrupo materiais e componentes para manufatura, cuja taxa passou de 0,33% para 2,92%, informou a FGV.
No caso da inflação ao consumidor, a desaceleração no IPC-DI, para 0,27% em janeiro ante avanço de 1,07% em dezembro, foi puxada pelo alívio com a conta de luz, embora os preços dos alimentos também tenham desacelerado a alta.
Segundo a FGV, quatro das oito classes de despesa componentes do IPC-DI registraram decréscimo em suas taxas de variação na passagem de dezembro de 2020 para janeiro deste ano: Habitação (2,87% para -1,16%), Alimentação (1,47% para 1,24%), Comunicação (0,02% para -0,04%) e Saúde e Cuidados Pessoais (0,29% para 0,28%).
Os destaques em cada classe foram, respectivamente: tarifa de eletricidade residencial (11,93% para -6,69%), carnes bovinas (2,99% para 0,94%), mensalidade de TV por assinatura (0,73% para -0,34%) e artigos de higiene e cuidado pessoal (0,69% para 0,08%).