Como funciona o Domo de Ferro, arma de Israel para se proteger dos ataques do Irã

13/abr 19:48
Por Redação O Estado de S. Paulo e Redação Estadão Conteúdo / Estadão

Em meio ao anúncio de que o Irã lançou uma série de mísseis e drones contra Israel, em retaliação ao ataque sofrido no início de abril, os israelenses se preparam para se defender, considerando que as aeronaves não tripuladas devem levar algumas horas ou até minutos para chegar a seu território.

Uma arma importante do exército israelense será o sistema antimísseis Domo de Ferro, desenvolvido pelos Estados Unidos para proteger Israel de ataques de inimigos na região, como o grupo terrorista Hamas.

O sistema tem capacidade para derrubar foguetes e mísseis de curto alcance.

O ataque do Irã também foi confirmado pelos Estados Unidos, que prometeram enviar auxílio ao país.

Como funciona o Domo de Ferro?

Criado pelas empresas israelenses Rafael Advanced Defense Systems e Israel Aerospace Industries, com apoio técnico e financeiro dos Estados Unidos, o Domo de Ferro foi criado em 2011 com dois sistemas separados, conhecidos como a Flecha e a Funda de David, desenhados para ataques de médio e longo alcance.

O Iron Dome, como é chamado em inglês, possui interceptadores que são disparados de unidades móveis ou estáticas, projetados para explodir os foguetes no ar.

Segundo o governo de Israel, o nível de eficácia é de 90%. O sistema consegue prever ainda se o foguete inimigo tem uma trajetória com risco de atingir uma área povoada ou alvos de infraestrutura.

Apesar do financiamento inicial do projeto ter sido bancado por Israel, o governo americano autorizou duas rodadas de verbas para aprimorar o Domo de Ferro, em 2010 e em 2013, num valor que soma quase US$ 900 milhões. Cada bateria antiaérea custa US$ 50 milhões e os projéteis que destroem os foguetes são avaliados em US$ 80 mil.

Críticos ao projeto, afirmam que ele pode prolongar o conflito de Israel com seus vizinhos, em especial os palestinos, já que o Domo de Ferro ajudaria o país a postergar ações efetivas que evitem os conflitos.

Defensores do sistema dizem que ele evitou que Israel enviasse tropas para Gaza, por exemplo, em diversas oportunidades, além de ser relativamente barato. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

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