Comunidade luta por corrimão em escadaria de mais de 500 m no Duarte da Silveira
Moradores da Comunidade Vitória, na região do Duarte da Silveira, lutam há mais de cinco anos para a implantação de corrimão numa escadaria que tem mais de meio quilômetro, entre a rua Henrique Schmidt e o bairro Castrioto. Ao longo de todo esse trecho há mais de 150 casas, totalizando mais de 500 moradores entre idosos e crianças que se arriscam diariamente para entrar e sair de casa.
Em dias de chuva ou neblina a situação fica mais tensa. Várias pessoas já escorregaram e teve gente que foi parar no hospital por causa da escada. O idoso Joaquim de Queiroz, de 68 anos, teve que ficar dois dias no hospital em observação depois de rolar de uma altura de quatro metros, na escadaria. Sem ter onde apoiar ele perdeu o equilíbrio e só parou quando chegou na parte mais baixa. “Sorte que eu estava perto de casa quando cai. Porque se tivesse lá em cima eu nem sei se estaria aqui. É muito alto”, explicou. Joaquim, por sorte não se feriu gravemente. “Nem sei como não me dei mal. Foi um trauma. Até hoje eu manco da perna, mas está melhorando. Ainda bem”, completou.
Quanto mais distante a casa for do ponto final da comunidade, maior o risco enfrentado diariamente pelos moradores. Marta Moreira Dias, 54 anos, tem duas netas de 3 e 4 anos. Ela, que já deu várias entrevistas à Tribuna disse que sua filha, Daiane, evita sair com as crianças justamente por conta do perigo. “A mais nova já levou dois tombos aqui, e num deles desceu rolando. Também não posso dizer que tudo que acontece aqui é culpa da falta de corrimão, mas a gente sabe que se tivesse o corrimão seria muito mais seguro para todos nós”, contou.
Tem gente até evitando sair de casa em dia de chuva. “Ninguém aguenta isso aqui. Uma lama só, sem corrimão, e tudo isso porque ninguém dá atenção para a nossa comunidade”, disse um morador.
Segundo os habitantes da região, a escadaria foi construída por um antigo presidente da Associação de Moradores com o apoio do ex-prefeito, já falecido, Paulo Rattes. Há mais de quatro anos, a prefeitura cedeu o material e os moradores fizeram um mutirão de reforma, mas o prometido corrimão até hoje não foi feito.
A prefeitura de Petrópolis informou que o setor de obras da Comdep fará uma avaliação e vai providenciar o serviço no local.