Concurso público: comissão organizadora prorroga prazo por mais dois meses

25/jan 04:25

E o concurso público para toda a gestão municipal, uma promessa de campanha, caminha a passos de cágado manco. O prefeito Bomtempo prorrogou no dia 18 – mas de forma retroativa, abrangendo a partir de 28 de dezembro – por mais dois meses a Comissão Especial que organiza a seleção. Então, até fevereiro, estaria sendo preparado o concurso. Mas, se ele ocorrer de verdade este ano, vai ser preciso acelerar. Para que haja a posse dos concursados, o concurso precisa estar finalizado e homologado até o dia 06 de julho, três meses antes da eleição como manda a legislação.

Mini concursos

A gestão Bomtempo, ao invés de preparar um grande concurso público, fez pequenas seleções, separadas. Teve o da Educação (aquele meia boca com um monte de cargos e vagas não previstos que era para terceirizar); da Assistência Social, com pouca divulgação, estilo moita; da Comdep e agora o da CPTrans que tem provas neste domingo. Saúde e outras áreas ficaram de fora e seriam contempladas no concurso ‘geralzão’ ainda este ano.

Nem o programa Nosso Bairro resolveu o problema crônico de lixo jogado na Rua São Norberto, no Valparaíso (atrás do antigo Colégio São Vicente). Lixeiras não são suficientes ou a coleta não é diária? O fato é que a via vive feia com essa tela para impedir de se jogar mais lixo, mas continua sempre com lixo transbordando da lixeira.

Reforços

O empresário Addison Freitas Meneses, do setor de confecção e que presidiu o sindicato das empresas, foi nomeado como assessor técnico da gerência de Moeda Social. É uma tentativa de colocar, enfim, a moeda Ipê Amarelo em funcionamento.

Tá na cara

Você conferiu aqui nas páginas da Tribuna que especialistas em mercado de imóveis estão estarrecidos com o valor do aluguel de um casarão na Barão do Amazonas para ser sede da Câmara de Vereadores temporariamente enquanto o Palácio Amarelo é reformado. Mesmo grandona, a casa valeria menos de R$ 40 mil na locação e a gente tá pagando R$ 88 mil. Mas não precisa nem ser corretor de imóveis para ver a discrepância.

Contagem

E Petrópolis está há 261 dias sem os 100% da frota de ônibus nas ruas depois do incêndio na garagem das empresas.

Tem estreia neste final de semana no Centro Cultural Quitandinha:
o espetáculo “Rádio Quitanda” será apresentado no Café Concerto dias 26, 27 e 28 de janeiro, bem como nos dias 2, 3 e 4 de fevereiro. A renomada dramaturga Márcia Santos escreveu a peça exclusivamente para a exposição “Da Kutanda ao Quitandinha – 80 anos”, e o diretor premiado Édio Nunes conduz a produção inédita.  No elenco, dez atores, incluindo quatro dançarinos, e três músicos, todos negros e mestiços e residentes em Petrópolis. Aos domingos, as apresentações contam com intérprete de Libras.

À parte

E a taxa de iluminação pública, enfim, foi desvinculada da conta de luz. O projeto é do vereador Dudu e tinha sido vetado por Bomtempo, retornou à Câmara e os vereadores derrubaram o veto. Era uma ‘luta’ de anos, afinal, tem gente que paga e nem tem o serviço.

Risco

Mas porque tanta resistência do poder público em cobrar fora da conta de luz a iluminação pública? Simples: porque se a gente não paga a conta de luz a Enel vai lá e desliga a energia. Já a conta de iluminação pública sozinha… Não tem como haver cortes. Na sua rua, por exemplo, se são 20 casas e a metade deixa de pagar, a prefeitura não vai cortar a luz dos 10 devedores porque não tem como fazer a separação do que é público. Além dos que não vão pagar porque não têm o serviço, vai chover caso de inadimplência à espera de uma anistia posterior.  E a arrecadação despenca. Vai vendo.

E a sobra?

Falando em números, hoje a prefeitura arrecada algo em torno de R$ 35 milhões por ano em taxa de iluminação pública. Em contrapartida a manutenção dos 41 mil pontos de luz ficam em torno de R$ 8,8 milhões, terceirizada em dois contratos de ampliação e modernização do sistema. E no ano passado se gastou R$ 1,5 milhão na compra de LED.  O que é feito com o restante da arrecadação é um mistério.  Porque com R$ 35 milhões era para Petrópolis ser filial de Paris.

Explica, aê!

De acordo com dados da própria prefeitura, dos 41 mil pontos de luz em toda a cidade, já chegamos a 13 mil deles com lâmpadas de LED, que são mais econômicas. Mas se estamos economizando porque a taxa de iluminação pública não vem com desconto?

Contatos com a coluna: lespartisans@tribunadepetropolis.com.br

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