Condenada a 9 anos de prisão na Rússia, Griner é transferida para colônia penal

09/11/2022 11:19
Por Estadão

A jogadora de basquete americana Britney Griner foi transferida para uma colônia penal na Rússia no último dia 4 de novembro. A informação foi divulgada nesta quarta-feira (09), pelos advogados da bicampeã olímpica pelos Estados Unidos, que afirmam desconhecer a localização atual da atleta, bem como o seu “destino final”.

Segundo Maria Blagovolina e Alexander Boykov, responsáveis pela defesa de Griner, a Rússia envia as notificações de transferência de detentos por correio, o que pode demorar até duas semanas. O destino dos presos geralmente são regiões mais isoladas do território russo e a viagem é feita por meio de trens especiais, sem a possibilidade de comunicação.

Brittney foi condenada no dia 4 de agosto a nove anos de prisão por ter entrado na Rússia com um cigarro eletrônico carregado com óleo de haxixe, um derivado da maconha, no Aeroporto Internacional de Moscovo-Sheremetyevo, em fevereiro. Seus advogados afirmaram que ela recebeu prescrição médica de um remédio contendo cannabis para dor.

A defesa apresentou um recurso pedindo a liberação da atleta, porém, no dia 25 de outubro, o tribunal regional de Moscou decidiu manter a sentença de nove anos, com a pena sendo recalculada levando em consideração o período em que Griner já esteve em prisão preventiva. Com um dia sendo contado como 1,5 dias de prisão, a estrela do basquete terá que cumprir cerca de oito anos.

A Casa Branca classificou a audiência de apelação como uma “farsa”. Em agosto, Moscou declarou estar disposto a discutir uma troca de prisioneiros por Griner. No entanto, as negociações parecem ter parado depois que o governo dos EUA disse que ainda não recebeu uma resposta à sua oferta.

O caso, que gerou repercussões diplomáticas e tensões entre Estados Unidos e Rússia, levou o presidente americano Joe Biden a chamar o veredicto de “inaceitável”. A esperança de Griner agora repousa sobre um eventual acordo diplomático entre russos e americanos para poder ser libertada.

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